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O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que os juros básicos da economia (selic) teriam que ser de 26,5% para cumprir a meta de inflação. A quantia é praticamente o dobro da alíquota atual: 13,75%.

Contudo, Roberto Campos afirmou que seria impossível deixar os juros nesse nível. A fala ocorreu durante uma coletiva de imprensa do Banco Central.

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“Se a gente quisesse atingir a meta em 2023, a última informação que tive é que a taxa teria que ser 26,5%”, disse o economista. “É óbvio que a gente entende que isso é impossível.”

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A alíquota é decidida com autonomia pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom). A fala ocorreu em meio aos ataques do presidente Lula à autoridade monetária.

O petista tenta forçar a queda da taxa de modo artificial. Mas a autoridade monetária não tem cedido à pressão.

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Os juros servem como mecanismos da autoridade monetária para o controle da inflação. O Conselho Monetário Nacional define a meta.

Participam do órgão três membros: o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a ministra do planejamento, Simone Tebet, e o Roberto Campos. Desta forma, o governo tem maioria no colegiado e consegue estabelecer a meta.