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Presidente do INSS é exonerado após denuncia de uso indevido de dinheiro público. Glauco Wamburg, até então presidente interino do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), foi exonerado do cargo, conforme anúncio no Diário Oficial desta quarta-feira (5). O cargo será assumido por Alessandro Stefanutto, atual diretor de orçamento do órgão.

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A saída de Wamburg ocorre dias após a publicação de uma reportagem pelo site Metrópoles, alegando que o presidente em exercício estaria usufruindo indevidamente de passagens aéreas pagas pelo governo.

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Segundo a reportagem, Wamburg justificava viagens de Brasília ao Rio de Janeiro com compromissos oficiais, no entanto, se deslocava para ministrar aulas de direito previdenciário na Universidade Santa Úrsula, uma instituição privada localizada na zona sul do Rio de Janeiro.

Segundo a reportagem, em um intervalo de dois meses, as viagens de Wamburg para cumprir compromissos privados custaram ao governo federal um total de R$ 65 mil.

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Glauco Wamburg e Lula e a corrupção

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva escolheu no início de seu mandato em 2023, para comandar o INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social) um político ligado ao PSD que, no ano passado, presidiu uma entidade pública envolvida em escândalos de corrupção e má-gestão e hoje é investigado em um inquérito civil.

Trata-se de Glauco André Wamburg, servidor do INSS que em 2022 esteve à frente da Fundação Leão XIII, entidade de assistência social vinculada ao governo do Rio de Janeiro.

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Sob a gestão de Glauco André Wamburg, a Fundação Leão XIII foi alvo de denúncias de corrupção, má-gestão e atraso no pagamento de salários de funcionários. Os problemas são investigados pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, conforme divulgou o portal G1.

Glauco é ligado ao deputado federal Hugo Leal (PSD-RJ), de quem já foi assessor parlamentar. Em 2020, ele foi candidato a vereador pelo Rio de Janeiro, mas não conseguiu se eleger. Glauco também é próximo de políticos do PTB, como o ex-deputado estadual do RJ Marcus Vinicius Neskau, que foi presidente nacional do partido e já foi casado com a filha de Roberto Jefferson, Cristiane Brasil.

A indicação de Glauco para o INSS foi feita pelo ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, mais de dez dias antes da nomeação ser publicada na edição do Diário Oficial da União, um dia depois da eleição de Rodrigo Pacheco no Senado. Carlos Lupi é o ministro de Lula que moveu ação para inelegibilidade de Bolsonaro.

O governo havia travado a nomeação de indicações políticas para órgãos públicos e estatais como instrumento de pressão para garantir votos à reeleição de Pacheco.

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