Presidente do Peru alvo de impeachment dissolve o Congresso. O presidente do Peru, Pedro Castillo, realizou um pronunciamento à nação nesta quarta-feira, 7, e anunciou que irá dissolver o Congresso Nacional. Uma alternativa para não sofrer o impeachment que seria julgado no mesmo dia.
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Com isso, o país passará a viver sob um regime de exceção e uma nova Constituição será elaborada dentro do prazo de nove meses. Em fala realizada ao povo peruano, o governo esquerdista afirmou que seus adversários políticos se uniram para dificultar, fracassar suas tentativas de governar o país e tomar o poder sem vencer as eleições. “Esta situação intolerável não pode continuar. Tomamos a decisão de estabelecer um governo de exceção, orientado a restabelecer o Estado de Direito e a democracia”, disse. Entre as medidas anunciadas pelo presidente, estão a dissolução temporária do Congresso Nacional, instaurar um governo de emergência e convocar novas eleições legislativas com propriedades constituintes para elaboração de uma nova Constituição Federal no prazo de nove meses. Todos que possuem armas devem entregar imediatamente ao governo.
Assim, Castillo irá escrever uma nova Constituição para governar como pretende e escapando do impeachment.
O impeachment levou um golpe
O Congresso do Peru aprovou, na segunda em 14 de março de 2022 por 76 votos a 41, abertura de processo de impeachment contra o presidente Pedro Castillo. Ele derrotou a candidata de direita Keiko Fujimori por uma diferença inferior a meio ponto percentual. Castillo tinha até o dia 28 de março para apresentar defesa das acusações de “conspiração” e “tráfico de influência”.
Desde então foram várias discussões de moção de impeachment do presidente Pedro Castillo, em 16 meses do esquerdista no poder, por “incapacidade moral” para exercer o cargo.
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A terceira moção por exemplo foi admitida [para debate]”, anunciou o chefe do Congresso, José Williams, depois de a iniciativa ter sido aprovada por 73 votos a favor, 32 contra e 6 abstenções.
Participaram da sessão 109 de um total de 130 legisladores. Era necessário um mínimo de 52 votos para que a moção fosse admitida para debate, de acordo com o regulamento do Congresso do Peru.
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Williams propôs que o plenário decidisse o destino de Castillo na quarta-feira, 7 de dezembro, em sessão marcada para as 15h00 no horário local (17h00 no horário de Brasília). Porém, o presidente agiu meio que ao mesmo tempo.
O Congresso do Peru aprovou em votação na tarde da quarta, 7 de dezembro, o impeachment de Pedro Castillo, que anunciou a nação a dissolução do Congresso Nacional. Na votação foram 101 votos a favor 6 contra e 10 abstenções.
Em mensagem no Twitter o Congresso afirmou “ninguém deve obediência a um governo usurpador, nem àqueles que assumem funções públicas em violação das leis”.
Castillo é preso após aprovação do impeachment
Horas após o discurso para fechar o congresso o presidente Pedro Castillo foi detido na prefeitura de Lima no Peru, devido a aprovação de seu impeachment. Ele tentou fugir para a embaixada do México que também é de orientação esquerdista, porém, a população que já protesta há dias, seguindo o exemplo brasileiro, impediu a fuga para a embaixada Mexicana.
