O IBGE lançou nesta semana um divulgação que o Brasil atualmente está próximo do menor número de desempregados. O índice de desemprego no Brasil atingiu o menor patamar dos últimos 12 anos no trimestre entre junho e agosto de 2024. Os dados foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na manhã desta sexta-feira (27).
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O governo Lula comemorou a divulgação. Contudo é curioso observar que, o número de beneficiários do Bolsa Família é maior que o de trabalhadores com carteira assinada em 12 das 27 unidades da Federação.
Esses dados excluem o setor público que hoje é o maior empregador do Brasil. Indicadores recentes, no entanto, mostram um aumento no número de carteiras de trabalho em relação ao de beneficiários do Bolsa Família. Essa tendência ocorre desde o início de 2023, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assumiu o Planalto e iniciou corte de benefícios do Bolsa Família para compensar o aumento de valor e do benefício para crianças abaixo de 7 anos.
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Em janeiro de 2023, o número de beneficiários do programa correspondia a quase metade de todas as carteiras assinadas no Brasil. Essa proporção caiu para 44% do emprego formal em agosto de 2024. Ou seja, pode ser que tenha ocorrido uma expansão do mercado de trabalho, principalmente pelo fim da Pandemia de Covid19, onde o ex-presidente Bolsonaro precisou oferecer o auxílio emergencial para que as pessoas não passassem fome pelo Lockdown. Enquanto o número de beneficiários do Bolsa Família teve uma queda, motivada pelo início da revisão de cadastros pelo governo federal, Lula deixou muita gente sem o benefício e continua cortando.
12 UFS: + BENEFICIÁRIOS QUE CARTEIRA ASSINADA
O número de beneficiários do Bolsa Família ainda é maior que o de trabalhadores com carteira assinada (o que exclui o setor público) em 12 das 27 unidades da Federação. Antes da pandemia, eram 8 Estados com mais benefícios que empregos formais. O número subiu para 10 em 2020, para 12 em 2022 com o Auxílio Brasil e chegou a 13 em 2023. O número se manteve em 13 no início de 2024, mas agora reduziu para 12 Estados.
O Estado onde essa proporção é menor é Santa Catarina. Lá, há 10 trabalhadores no mercado formal para cada beneficiário do Bolsa Família. Há uma melhora sistemática nesse indicador. O número de carteiras assinadas cresceu mais do que o de beneficiários em 23 Estados no intervalo dos últimos 12 meses.
A última mudança foi do Rio Grande do Norte, que passou a ter mais carteiras assinadas do que benefícios concedidos. Com isso, passou a ser o único Estado do Nordeste com mais carteiras de trabalho do que beneficiários. O Norte também tem 4 Estados com mais benefícios do que trabalhadores com carteira.
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O Maranhão é o Estado onde essa relação de dependência do benefício é mais forte. Há 659 mil empregos com carteira assinada e 1,2 milhão de famílias maranhenses recebendo Bolsa Família. Ou seja, há quase duas famílias recebendo o Bolsa Família no Estado para cada empregado com Carteira de Trabalho.