Real é destaque entre demais moedas no ano. O real passou a ser um destaque positivo desde a virada do ano na comparação com moedas de outros países e o efeito na inflação será visto nos próximos meses, disse nesta segunda-feira o diretor de Política Monetária do Banco Central, Bruno Serra.
Isto ocorreu, em videoconferência organizada pela Kinea, Serra também afirmou que é difícil imaginar o crescimento do Brasil em 2023 acima do potencial, “seja lá o que ele for”, porque o ciclo de política monetária traz a demanda para baixo.
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E ainda, o executivo afirmou “vai ser interessante olhar em três ou quatro meses, eu espero, a gente vai olhar para o Brasil, vai ter reversão do choque do câmbio, vai performar mais e começar a bater nos dados, essa valorização recente vai começar a bater daqui a alguns meses”, disse.
Contudo, Serra afirmou que a capacidade dos trabalhadores de conseguir aumento real agora parece equivalente ao observado na recessão de 2015 e 2016 e ressaltou que, em sua visão, o mercado de trabalho não está apertado.
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“A prova do pudim vai ser quando a inflação começar a cair, porque a inflação subiu tão rápido que as negociações não conseguem dar conta da velocidade. […] Quando a inflação começar a cair você vai ver que vai está tendo alguns aumentos reais”, disse.
Por fim, o Brasil teve um choque de salário real para baixo, o que incentivou contratações, mas a economia vai começar a ver aumentos reais de remunerações quando a inflação começar a cair, disse nesta segunda-feira o diretor de Política Monetária do Banco Central, Bruno Serra.