Rede D’Or deixa de atender Unimed para reduzir inadimplência. Analistas têm opiniões distintas sobre a interrupção de atendimento à Unimed Nacional por sete hospitais da Rede D’Or (RDOR3). As unidades estão localizadas em São Paulo, Distrito Federal, Bahia e Maranhão. Juntas, possuem 1.451 leitos no total. Em dois hospitais, a interrupção do atendimento será total – nos outros cinco, parcial.
Para o JPMorgan, a iniciativa ressalta o foco da Rede D’Or em descontinuar produtos de baixa lucratividade ao mesmo tempo em que reduz a exposição da empresa a pagadores com maior risco de inadimplência.
O Bradesco BBI observa que a suspensão afeta menos da metade das receitas da Unimed. Os serviços dos hospitais da Rede D’Or que continuam na rede credenciada da operadora tem receitas maiores do que as unidades descontinuadas.
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Para RDOR3, a notícia é levemente negativa, pois deve reduzir em 1,5% a receita da companhia em 2024 e mostra a desafiadora situação dos pagadores. Contudo, o BBI vê um pequeno impacto positivo para outras empresas do setor: Dasa (DASA3) (de 0,6% nas receitas), Kora Saúde (KRSA3) ( de 0,5%) e Mater Dei (MATD3) (de 0,4%).
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O incremento no faturamento dos pares parte da premissa de que a receita por leito é equivalente ao valor que a Rede D’Or deve deixar de faturar no ano que vem, algo em torno de R$ 400 milhões, e também considera o market share das empresas.
No relatório, o JPMorgan destaca os problemas financeiros da Unimed Nacional. A sexta maior operadora de planos de saúde do Brasil tem 2 milhões de beneficiários, uma fatia de 4% do market share. Mas a sinistralidade da empresa em 2022 chegou aos 88%, acima da média histórica. No período, Unimed embolsou R$ 6,6 bilhões em prêmios, mas arcou com R$ 5,8 bilhões em despesas médicas.
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