Reforma Tributária de Lula representa alta de 60% na cesta básica, alerta Abras. O presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), João Galassi, se reuniu na manhã deste sábado (1) com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o Secretário Extraordinário da Reforma Tributária, Bernard Appy, para apresentar estudo que mostra que a reforma tributária vai onerar a cesta básica em 60%, considerando a média nacional.
“Apresentamos estudo ao Haddad para mostrar impacto da reforma tributária na cesta básica. Mostramos ao ministro que o impacto depende da região do país, de cada Estado, e que pode chegar em torno de 60%”, afirmou Galassi
O presidente da Abras afirmou ainda que mantém conversas com o relator da reforma tributária na Câmara, o Deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), solicitando a criação de uma cesta básica nacional.
“Criando a cesta básica nacional, podemos estender a regra tributária, garantindo o abastecimento da população sem aumento de tributos”, explicou.
Segundo Galassi, a reforma tributária prevê uma alíquota de 12,5% para a cesta básica, podendo elevar os preços em até 60%. A Abras já está ha semanas tentando alertar o governo Lula sobre a questão, porém nada de concreto obteve de retorno até o momento.
Prefeitos e governadores como da cidade e Estado de São Paulo, entre outros também estão chamando a atenção de parlamentares e da população para que a reforma tributária não pode passar como está sendo proposta, pois vai acabar com a autonomia de Estados e Municípios sobre as próprias receitas.
Arthur Lira está desrespeitando o rito mínimo necessário
O governo federal passará a controlar e decidir tudo através de um Conselho. Desta forma, municípios e estados apoiadores do governo serão beneficiados, como já vem acontecendo com as “emendas parlamentares” que o governo Lula negocia para ter voto no que quer fazer.
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O presidente da Câmara Arthur Lira, afirmou que pretende votar na Câmara a reforma tributária no máximo na próxima semana. O professor e também participante da elaboração da Constituição Brasileira, Ives Gandra, alerta a população para cobrar de seus deputados que não permitam a votação da reforma tributária sem que antes passe pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e Comissão Especial e após isto tenha ao mínimo 40 sessões de debate sobre o texto. O jurista explica que isto é o mínimo que a Constituição exige para algo da magnitude desta Emenda a Constituição.
Gandra finaliza afirmando que o texto como está se for aprovado trará prejuízos enormes para a população.