Resultado de empresas que podem movimentar o dia do mercado. A Unicasa (UCAS3), dona de lojas de móveis como a Dell Anno, New e Casa Brasileira, reportou lucro líquido de R$ 4,96 milhões no quarto trimestre de 2022 (4T22), montante 48,5% inferior ao reportado no mesmo intervalo de 2021, informou a companhia nesta quinta-feira (8).
O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) totalizou R$ 3,3 milhões no 4T22, um recuo de 67,6% em relação ao 4T21.
A margem Ebitda atingiu 5,2% entre outubro e dezembro, baixa de 9,5 pontos percentuais (p.p.) frente a margem registrada em 4T21.
LEIA: Prejuízo da Via é superior a R$ 160 milhões
Entretanto, o desempenho geral da receita foi afetado por dois principais fatores: atrasos na conclusão de empreendimentos na construção civil pelo país, que postergam a entrega dos móveis; e, os efeitos das eleições presidenciais na economia, mais evidentes no segmento das multimarcas, e que, possivelmente, afetará o desempenho das exclusivas entre o final do primeiro trimestre e início do segundo trimestre de 2023”, apontou a companhia em release de resultados. No segmento corporativo, a entrega a um cliente, que ocorreu do 4T21 ao 3T22, pressionou a base comparativa.
Entre para o Telegram do Investidores Brasil!
Acesse as notícias que enriquecem seu dia em tempo real, do mercado econômico e de investimentos aos temas relevantes do Brasil e do mundo.
Já na exportação, a redução ocorreu devido à oscilação do câmbio, a receita dolarizada foi praticamente a mesma. “Entretanto, cabe destacar o mercado norte americano cresceu 13,3%”, apontou.
Lucro da Quero-Quero cai
O lucro líquido ajustado da Lojas Quero-Quero (LJQQ3) no quarto trimestre de 2022 sofreu uma queda de 73,4% na comparação com um ano antes, para R$ 7,8 milhões. Na comparação com o mesmo trimestre de 2019, período antes da pandemia, a cifra representa uma baixa de 52,5%.
O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) foi de R$ 61,3 milhões. Houve queda de 5% em relação ao Ebitda de 2021 e crescimento de 24,1% na comparação com o mesmo período em 2019.
VEJA: MST invade sede do Instituto de Terra do Pará
Na comparação anual, a receita operacional líquida de Lojas Quero-Quero avançou 9,2% no quarto trimestre, para R$ 615,1 milhões.
O indicador vendas mesmas lojas (SSS, na sigla em inglês), contudo, registrou um forte recuo, ficando negativo em 7,2%. Um ano antes, o SSS foi de -2%. No quarto trimestre de 2019, estava positivo em 6,8%.
As despesas operacionais da empresa tiveram uma ligeira alta de 1,2%, para R$ 175,6 milhões.
A companhia terminou 2022 com 529 lojas, 13,85% a mais do que um ano antes.
O total de investimentos foi de R$ 22,5 milhões, queda de 5,8% em relação ao quarto trimestre de 2021.
Faturamento da Arezzo é recorde
A Arezzo & Co (ARZZ3) conseguiu manter suas margens em um ano difícil para o setor de consumo. Apontada por gestores como uma aposta certa para momentos de crise devido ao poder aquisitivo de seu público-alvo e capacidade de repasse de preços, a companhia de Alexandre Birman conseguiu entregar um faturamento recorde em 2022.
“Tivemos um resultado muito equilibrado no ano passado, especialmente porque a base de comparação com 2021 é difícil para qualquer empresa”, afirma Rafael Sachete, CFO da Arezzo ao InfoMoney. “Ainda assim, conseguimos entregar o melhor ano da companhia em seus 50 anos”.
SAIBA MAIS: Senado desrespeita regra e não permite oposição presidir nenhuma comissão
Na fotografia trimestral, o lucro líquido da Arezzo chegou a R$ 102,7 milhões no 4T22, queda de 7,1% em relação a igual período de 2021. No entanto, em 2022, o lucro cresceu 43,5%, para R$ 422,5 milhões. A margem líquida recuou 0,1 ponto percentual, para 9,1%.
“Os números mostram que obtivemos margens saudáveis e que não tivemos que fazer promoções para ter mais vendas”, reforça Sachete. Na linha de receita líquida, o faturamento cresceu 20% no quarto trimestre de 2022, para R$ 1,3 bilhão. No ano, a alta foi de 44,8%, de R$ 2,9 bilhões para R$ 4,2 bilhões.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, em inglês) cresceu 3% no quarto trimestre, para R$ 196,8 milhões, com margem Ebitda de 14,6/% (-2,4 p.p). Em 2022, o índice chegou a R$ 657,1 milhões, com alta de 43,1% e margem de 15,5%, ante 15,7% de 2021.
Por outro lado, as despesas subiram bastante em função do aumento no custo de capital e juros mais altos em relação a 2021. Além disso, houve aumento nos investimentos em marketing e abertura de novas lojas, chegando à marca de mil estabelecimentos de marcas da Arezzo & Co.
Tegma (TGMA3) lucra R$ 56,7 mi no quarto trimestre
A Tegma Gestão Logística (TGMA3) reportou lucro líquido de R$ 56,7 milhões no quarto trimestre de 2022 (4T22), montante 92,8% superior ao reportado no mesmo intervalo de 2021, informou a companhia nesta quinta-feira (8).
O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado totalizou R$ 72,7 milhões no 4T22, um crescimento de 58,5% em relação ao 4T21.
A margem Ebitda ajustada atingiu 17,8% entre outubro e dezembro, alta de 2,7 pontos percentuais (p.p.) frente a margem registrada em 4T21.
ENTENDA: Gripe aviária na Argentina provoca abate de 200 mil galinhas
A receita líquida somou R$ 409,4 milhões no quarto trimestre deste ano, crescimento de 34,3% na comparação com igual etapa de 2021.
O lucro bruto atingiu a cifra de R$ 82,6 milhões no quarto trimestre de 2022, um aumento de 39,7% na comparação com igual etapa de 2021. A margem bruta foi de 20,2% no 4T22, alta de 0,8 p.p. frente a margem do 4T21.
As despesas operacionais somaram R$ 17,8 milhões no 4T22, um recuo de 23,1% em relação ao mesmo período de 2021.
O retorno sobre capital investido (ROIC) do 4T22 foi de 25,3%, um crescimento de 3,5 % comparado com o ROIC do 3T22, como consequência da recuperação da quantidade de veículos transportados pela divisão de Logística Automotiva, frente à recuperação dos principais clientes da Companhia após sucessivos trimestres de dificuldades de produção pela indústria automotiva.
Em 31 de dezembro de 2022, o caixa líquido da companhia era de R$ 88,6 milhões contra R$ 18,2 milhões da mesma etapa de 2021.
CBA (CBAV3) reverte lucro e tem prejuízo de R$ 80 mihões
A CBA (CBAV3) registrou nesta quinta-feira (8) prejuízo líquido de R$ 80 milhões no quarto trimestre de 2022 (4T22), revertendo lucro de R$ 615 milhões do mesmo intervalo de 2021.
“A variação de R$ 343 milhões em outros resultados operacionais no 4T22, em relação ao 4T21, é em razão principalmente da atualização da taxa de desconto do passivo ambiental (ARO) de Niquelândia e Itamarati, consequente reversão do impairment constituído e constituição de impairment de MRN, uma vez que a companhia está em negociação para desinvestimento da participação, sendo classificado como ativo mantido para venda”, explica a empresa.
O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado totalizou R$ 103 milhões no 4T22, uma diminuição de 79% em relação ao 4T21.
A margem Ebitda ajustada atingiu 5% entre outubro e dezembro, baixa de 16 pontos percentuais (p.p.) frente a margem registrada em 4T21.
A receita líquida somou R$ 2 bilhões no quarto trimestre deste ano, uma redução de 19% na comparação com igual etapa de 2021, principalmente pela redução de R$ 414 milhões na receita do negócio de alumínio nos períodos comparados.
A receita líquida do negócio de alumínio atingiu R$ 1,9 bilhão no 4T22, 18% menor frente aos R$ 2,3 bilhões no 4T21.
“No 4T22, o mercado global de alumínio foi marcado por incertezas macroeconômicas e consequente volatilidade de preços. Com a continuidade dos conflitos entre Rússia e Ucrânia, pressões inflacionárias e aumento das taxas de juros, as preocupações com o crescimento global, apesar de menores, ainda se mantiveram presentes”, apontou a companhia. A CBA destacou que o preço médio do alumínio na LME (London Metal Exchange) foi de US$ 2.324 a tonelada no período (-16% versus o 4T21).
Sinqia (SQIA3) lucra R$ 2,7 milhões no 4º trimestre de 2022, queda de 76,7%
A Sinqia (SQIA3) reportou nesta quinta-feira (9) lucro líquido de R$ 2,7 milhões no quarto trimestre de 2022 (4T22), uma redução de 76,7% na comparação com igual etapa de 2021.
O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado totalizou R$ 41,4 milhões no 4T22, um crescimento de 90,1% em relação ao 4T21.
A margem Ebitda ajustada atingiu 24,9% entre outubro e dezembro, alta de 4,1 p.p. frente a margem registrada em 4T21.
A receita líquida do trimestre registrou recorde de R$ 166,3 milhões, alta de 59,1% em relação ao mesmo período do ano anterior, resultado do aumento de 69,7% de Software, que somou R$ 140,8 milhões, combinado com o aumento de 18,4% em Serviços, que somou R$ 25,4 milhões no período.
Tenda (TEND3) reduz prejuízo em 42,2%
A Tenda (TEND3) reportou prejuízo líquido de R$ 155,1 milhões no quarto trimestre de 2022 (4T22), montante 42,2% inferior ao reportado no mesmo intervalo de 2021, informou a companhia nesta quinta-feira (9).
Segundo a construtora, o resultado é justificado principalmente pela melhor margem operacional.
O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado ficou negativo em R$ 54,2 milhões no 4T22, uma melhora de 75% em relação ao 4T21.
A margem Ebitda ajustada atingiu -8,6% entre outubro e dezembro contra margem de -41,9% registrada no 4T21.
A receita líquida somou R$ 631,1 milhões no quarto trimestre deste ano, crescimento de 22% na comparação com igual etapa de 2021.
O lucro bruto ajustado atingiu a cifra de R$ 82,8 milhões no quarto trimestre de 2022, um aumento de 246,3% na comparação com igual etapa de 2021. A margem bruta ajustada foi de 13,1% no 4T22, alta de 24,1 pontos percentuais (p.p.) frente a margem do 4T21