A reunião ocorreu em momento em que o Brasil era chacota internacional referente as falas de Lula contra Israel. Mas se houve algo a se registrar foi o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Ele foi tratado como guru entre os representantes das áreas de política monetária de todo o mundo, tudo pelo sucesso da condução da Selic em direção ao controle da inflação brasileira.
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O chefe do BC afirmou que não há caminho para redução da desigualdade sem controle inflacionário. “A estabilidade monetária é fundamental para alcançarmos níveis de desemprego, renda e sustentabilidade financeira capazes de reduzir as diferenças sociais”, afirmou. É importante lembrar que Campos Netos é extremamente atacado por Lula e pelos petistas.
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As observações de Campos Neto foram endossados por outros nomes relevantes da economia mundial. Um deles, o do presidente do Banco Mundial, Ajay Bang, que vê uma situação similar ao redor do globo. “A verdade é que, após a pandemia, as grandes nações se endividaram demais, pressionaram a inflação local e isso levou a um efeito em cascata de alta dos preços ao redor do mundo”.
Na visão do Bang, estabilizar os preços administrados precisa ser a prioridade zero das nações desenvolvidas porque disso depende o crescimento dos emergentes, dos menos desenvolvidos e do andamento do comércio global.
Neste quesito o Brasil saiu a frente de grandes nações, visto que ao final de 2022 o ex-presidente entregou o Brasil com superávit, apesar da Pandemia.
Campos Neto, em seu discurso de abertura da reunião do G20, em São Paulo, afirmou que sua missão primeira, como presidente do Banco Central, era equilibrar a moeda desde o começo da pandemia, o que também permitiu a redução dos juros mais cedo. “A inflação atinge de forma desproporcional os pobres e os ricos. Sabíamos que o período pandêmico seria delicado, mas estou certo que agimos no tempo ideal para que os impactos fossem os mínimos na inflação”, afirmou.