Poupança Nada Atrativa como Investimento
O Banco Central liberou relatório referente a poupança na última sexta-feira. De acordo com o relatório os saques líquidos somaram R$ 1,270 bilhão em abril, após uma perda de R$ 4,996 bilhão em março.
A poupança apresentou mais um mês com saque líquido dos recursos. Este foi o quarto consecutivo, no entanto em volumes menores do que os registrados no ano passado. O resultado de abril poderia ter sido ainda pior. Fato que não ocorreu devido a entrada de R$ 3,711 bilhões no último dia útil do mês.
Até dia 27, as saídas líquidas somavam R$ 4,982 bilhões. Em 2016, a poupança encerrou com saque de R$ 40,701 bilhões. Já em 2015 a perda líquida foi de R$ 53,567 bilhões.
A poupança é o principal instrumento para o financiamento do crédito imobiliário. Desde 2015 o governo através do Banco Central tomou medidas para garantir recursos ao setor. Com a mudança nas regras de depósitos compulsórios e uso do FGTS para compra de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI).
A última ação nesse sentido foi tomada no fim de março com o início da tentativa de regulamentação da Letra Imobiliária Garantida (LIG). O assunto estava em audiência pública até o fim de abril e a expectativa é que até o encerramento do semestre o novo instrumento de funding para o setor já esteja funcionando.
Desde o fim de agosto de 2013, a poupança voltou a ser remunerada pela “fórmula antiga” de 0,5% ao mês mais TR. A previsão do mercado é da Selic a 9,25% no fim de 2017. Pela regra atual, se a Selic voltar abaixo de 8,5% ao ano, o rendimento será equivalente a 70% da taxa básica de juros. Enquanto isto não ocorre, este investimento ainda continua perdendo para outras opções existentes.