Sindicalistas vão à China com despesas por conta do governo Lula. O Ministério das Relações Exteriores pagará a conta dos custos da viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de representantes de centrais sindicais à China. O voo da comitiva ficou sob responsabilidade do governo.
“A organização dos custos ficou com o Itamaraty”, disse o presidente da CUT, Sérgio Nobre, em entrevista ao site Poder360. “Então, da nossa parte, a gente veio cumprir agenda. Então, isso aí é com o Itamaraty.”
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De acordo com Nobre, o objetivo da ida dos líderes sindicais ao país asiático é abrir diálogo com empresas chinesas que desejam atuar no Brasil. Além disso, a intenção é fortalecer relações com os representantes de sindicatos chineses.
Na comitiva de Lula também está Miguel Torres, presidente da Força Sindical; Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT); Moisés Selerges Júnior, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC; e João Pedro Stédile, presidente do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Nobre disse que é preciso respeitar as legislações trabalhistas e ambientais, apesar de a China ser conhecida pelo baixo custo da mão de obra e por regras ambientais e trabalhistas mais flexíveis.
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Lula se reuniu com representantes de sindicatos chineses na sexta-feira 14, em Pequim. Representantes sindicais devem compor outras comitivas de viagens internacionais do governo.
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O trabalho na China entenda o sindicato do governo chinês
A relação de trabalho na China é governada pelo Código do Trabalho da República Popular da China, que estabelece os direitos e obrigações dos empregadores e funcionários. Aqui estão algumas características principais da relação de trabalho na China:
- Contratos de trabalho: Todos os empregadores na China são obrigados a assinar contratos de trabalho com seus funcionários. O contrato deve incluir informações como salário, horas de trabalho, período de aviso prévio e condições de rescisão.
- Horas de trabalho: A jornada de trabalho padrão na China é de 8 horas por dia e 44 horas por semana. No entanto, em algumas indústrias, como a de tecnologia, as horas de trabalho podem ser mais longas.
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- Salário mínimo: Cada província na China tem seu próprio salário mínimo, que é revisado anualmente. Os empregadores são obrigados a pagar pelo menos o salário mínimo, mas muitos empregadores pagam mais do que o mínimo.
- Férias: Os funcionários têm direito a férias anuais remuneradas, que variam de acordo com a duração do serviço. Por exemplo, um funcionário que trabalha por menos de um ano tem direito a 5 dias de férias, enquanto um funcionário que trabalha por mais de 10 anos tem direito a 15 dias de férias.
- Benefícios sociais: Os empregadores na China são obrigados a contribuir para o seguro social de seus funcionários, que inclui seguro saúde, seguro desemprego, seguro de acidente de trabalho e seguro de pensão.
- Rescisão: Os empregadores na China só podem rescindir contratos de trabalho por justa causa. Se um empregador rescindir um contrato sem justa causa, ele pode ser obrigado a pagar uma indenização ao funcionário.
- Sindicatos: Na China, todos os sindicatos são controlados pelo Partido Comunista Chinês. Os funcionários têm o direito de se juntar a um sindicato, mas os sindicatos não têm o direito de fazer greves, como no Brasil controlados pelo PT.
Em resumo, a relação de trabalho na China é altamente regulamentada pelo governo. No entanto, o governo tem um papel importante na governança sindical e as horas de trabalho podem ser longas em algumas indústrias.