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Escândalos de corrupção na Venezuela envolvendo a divisão estatal com 15 mil mineradoras de bitcoin apreendidas. As autoridades da Venezuela escalaram sua atuação contra mineradores de bitcoin, e em ação na última quarta-feira (12), apreenderam 15 mil máquinas de 3 galpões, segundo meios locais de informação.

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O jornalista Ramón Véliz, do portal ImpactoVenezuela, foi um que acompanhou os trabalhos dos agentes nos galpões de mineração. De acordo com ele, a batida policial tem envolvimento com os recentes casos de corrupção no país, ligados a Sunacrip.

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Na batida, estavam presentes agentes do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (Sebin) e da Polícia Nacional Contra a Corrupção. A operação chamou atenção, visto que a Sunacrip era a responsável por fiscalizar instalações ilegais de mineração no país.

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“Nas últimas horas, funcionários da Sebin invadiram três armazéns no estado de Yaracuy. Nesses locais, supostamente, a mineração era praticada ilegalmente.”

A apreensão de 15 mil máquinas de minerar bitcoin em três galpões ocorre poucos dias após a Venezuela começar um processo de investigação de corrupção.

Nos últimos anos, para evitar o embargo imposto pelos EUA ao país, o Governo de Maduro vinha recorrendo às criptomoedas para negociar internacionalmente. Até a criação da criptomoeda estatal Petro teve o propósito de ajudar o país a evitar tensões com a potência norte-americana.

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Contudo, com o vazamento de um possível caso de corrupção na Sunacrip, o que era bom, voltou a ser considerado ruim, em questão de dias. Isso porque, desde março de 2023, o governo começou a fechar corretoras de criptomoedas e instalações de mineração que poderiam ter relações com o caso de corrupção.

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Além disso, os funcionários da Sunacrip acabaram sendo demitidos, mesmo trabalhando para uma divisão de criptomoedas estatal. Ainda não está claro até onde vão às investigações do caso, mas a comunidade local se preocupa com um crescimento de medidas contra o mercado cripto.

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“Clareza regulatória na Venezuela é um mito”, desabafa professor de bitcoin no país

O organizador Satoshi en Venezuela, e professor de bitcoin no projeto, Javier Bastardo, foi ao Twitter desabafar após perceber um crescimento da tensão em seu país.

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De acordo com ele, durante muitos anos a dita “clareza regulatória na Venezuela” era um cenário dado como certo, mas os escândalos da Sunacrip mostram que tudo não passava de um mito.

“Durante anos tentou-se vender que “é bom ter clareza regulatória” na Venezuela, mas os acontecimentos recentes, com a Sunacrip – em meio a um grande escândalo de corrupção- e TODAS as mineradoras regulamentadas sendo investigadas apesar de cumprirem as referidas licenças, mostra que na Venezuela a estabilidade jurídica é um mito.”

Para o futuro, ele acredita que muitos deverão aguardar novas leis que favoreçam o setor, mas em sua opinião, enquanto o governo chavista se manter no poder, pouco deverá mudar no lado do estado.