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Os servidores do Banco Central (BC) aprovaram nesta quinta-feira (28), em assembleia geral, a realização de uma greve de 24 horas na instituição no próximo dia 11 de janeiro, conforme informações do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal).

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Para a categoria, o Ministério de Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) tem tratado a pauta de reivindicações dos funcionários com “descaso”. Ao mesmo tempo, alegam os trabalhadores do BC, a Pasta tem feito concessões assimétricas a outras categorias, citando especificamente os policiais federais e auditores da Receita Federal.

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Enquanto para os servidores da PF e da SRF houve propostas concretas, para o BC só existiu enrolação – trouxe a nota do Sinal.

Há meses, os servidores do BC já têm diminuído o ritmo de trabalho, o que vem causando atrasos nas divulgações de dados estatísticos da entidade. Eles alegam que a operação padrão também atrasará a entrega de atualizações e novas funcionalidades em temas caros à instituição, como no caso do Pix, por exemplo.

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Nos últimos tempos, porta-vozes do BC têm ido a público defender os servidores em todas as oportunidades possíveis. Até mesmo o presidente da instituição, Roberto Campos Neto, e membros da diretoria colegiada já se manifestaram a favor da pauta dos trabalhadores.

Diante do tratamento diferenciado, o corpo funcional do Banco Central vai cruzar os braços por 24 horas, com a expectativa de provocar um forte apagão em todos os serviços do órgão, com repercussões para o atendimento ao mercado e ao público – informou o Sinal.

Citando ainda, cancelamento de reuniões com o sistema financeiro, possibilidade de problemas de manutenção em sistemas do BC e mais atraso de divulgação de informações.

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Além disso, a categoria promete iniciar nesta sexta (29) o processo de lista de entrega de funções comissionadas. Os servidores detentores de tais funções vão assinar uma lista na qual se comprometem a entregar suas comissões em data futura, a ser definida, caso as negociações com o governo não avancem. Essas funções – como chefe de seção e de departamento, por exemplo – costumam ser gratificadas.

– Todo mundo vai entregar individual e simultaneamente suas funções comissionadas para poder dificultar a administração do banco – explicou o presidente do Sinal, Fábio Faiad.

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De acordo com ele, a expectativa com essa atuação é a de que haja um agravamento de todos os atrasos e interrupções, uma vez que faltará gerentes e coordenadores para assinarem e autorizarem a execução dos serviços.

O que os funcionários querem?


Entre os principais pleitos dos servidores do BC estão a criação de uma Retribuição por Produtividade Institucional, reajuste nas tabelas remuneratórias, exigência de nível superior para o cargo de técnico e mudança do nome do cargo de analista para auditor.

De acordo com o Sinal, entre os possíveis impactos da greve estão: obstrução na gestão do Banco Central, resultando em atrasos e não entrega de serviços; possibilidade de prejuízo à manutenção do Pix, trazendo risco à continuidade dos serviços; maior impacto na conclusão de projetos em curso, como o Drex, supervisão de Prevenção à Lavagem de Dinheiro e Financiamento do Terrorismo, e regulamentação de ativos virtuais; e possíveis adiamentos e suspensões de atividades com a participação dos agentes do mercado financeiro.

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