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Sócios da Americanas aceitam proposta para encerrar recuperação judicial por aporte

Paulo Lemann com 3G Capital Compra da Unilever por um Fio
Foto Divulgação

Os bilionários Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles aceitam fazer um aporte imediato de R$ 12 bilhões para encerrar o processo de recuperação judicial da Americanas (AMER3).

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Pela nova proposta apresentada pelos sócios de referência, outros R$ 12 bilhões em dívidas seriam convertidos em participação acionária em favor dos bancos aos quais a Americanas deve. Os termos gerais ainda não foram divulgados.

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A proposta anterior previa aporte de R$ 10 bilhões por parte dos sócios de referência e a conversão em equities de R$ 10 bilhões em dívidas.

Na prática, a proposta na mesa eleva de R$ 20 bilhões para R$ 24 bilhões a expectativa de capitalização da Americanas.

Está prevista ainda a recompra antecipada de R$ 8,7 bilhões em dívidas.

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Um resumo da crise da Americanas

A atual crise da Americanas começou em janeiro, quando o então CEO Sergio Rial revelou a existência de um rombo contábil de aproximadamente R$ 20 bilhões.

No mês seguinte, Lemann, Sicupira e Telles foram autorizados a abrir uma linha de crédito por meio do qual poderiam emprestar até R$ 2 bilhões à Americanas.

Desse montante, a empresa já sacou até agora R$ 1,5 bilhão e tem prazo de 24 meses para devolver o dinheiro ao trio (a 128% do CDI).

Em março, a justiça acatou o pedido de recuperação judicial da varejista.

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Três meses depois, a Americanas admitiu se tratar de uma fraude. Os lançamentos fraudulentos no balanço da companhia totalizavam R$ 21,7 bilhões em setembro de 2022.

No fim de setembro, uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) chegou ao fim em Brasília sem apontar responsabilidades pela fraude.

Agora no início de outubro, dias antes da notícia do acordo, a Americanas veio a público informar que não conseguiu nenhuma oferta atraente pelo grupo Uni.co, dono das lojas Imaginarium e Puket.

Antes que qualquer acordo seja efetivado, porém, a Americanas precisa republicar os balanços auditados de 2021 e 2022.

O trabalho de auditoria está a cargo da BDO desde junho, quando a companhia dispensou os serviços da PricewaterhouseCoopers (PwC).

A expectativa é de que a auditoria dos balanços dos últimos dois anos seja concluída até o fim do mês.

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