Taxa de juros da Argentina chega a 60% ao ano. O Banco Central da Argentina (BCRA) aumentou a taxa básica de juros em 8%, a 60% ao ano, em meio à escalada da inflação e às turbulências nos mercados locais que levaram à disparada do dólar ante o peso argentino.
Desta forma, a autoridade monetária informou que elevou a taxa nominal da Letra de Liquidez (Leliq) de 52% a 60%, o que equivale a uma Taxa Efetiva Anual (TEA) de 79,8%.
“A economia enfrenta um aumento da volatilidade de preços em um contexto de flutuações financeiras não relacionadas aos fundamentos macroeconômicos do país”, diz a nota do Banco Central Argentino.
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Contudo, a decisão acontece em meio à crise no gabinete do presidente argentino, Alberto Fernández, que levou à demissão de dois ministros da Economia em menos de um mês.
Entretanto, na quinta-feira, 28, o presidente da Câmara dos Deputados, Sergio Massa, foi nomeado para comandar a política econômica em um novo ministério que reúne várias pastas.
Entenda a crise da Argentina
Argentinos voltam às ruas para protestar contra crise sócio-econômica no país. Há um mês no cargo, a ministra da Economia do país, Silvina Batakis, de extrema-esquerda, pode ser substituída pelo presidente da Câmara dos Deputados.
Argentinos voltaram às ruas nesta quinta-feira (28) para protestar contra a crise sócio-econômica no país. Concentrações em diferentes pontos da capital Buenos Aires foram convocadas por organizações sociais, exigindo um auxílio universal do governo, aumento de salários de funcionários públicos e de empresas privadas e das aposentadorias, além de 13° salário para beneficiários de programas sociais.
O “salário básico universal” reivindicado pelos manifestantes seria o necessário para cobrir a cesta básica. Desta forma, pretendem evitar que 7 milhões de pessoas fiquem na linha de extrema pobreza.
Parte dos protestos se concentram no Obelisco, emblema da capital argentina, onde é realizada realiza uma assembleia para definir novos atos e convocar uma nova manifestação para o dia 7 de agosto, exigindo “pão e trabalho.
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Em meio a uma inflação de mais de 60% e uma forte desvalorização do peso frente ao dólar, a Argentina deve reajustar as tarifas do transporte público em Buenos Aires no próximo mês. Os aumentos devem ser de 40%. O preço mínimo da passagem de ônibus deve passar de 18 para 25 pesos, segundo as autoridades locais, encerrando um congelamento que vinha sendo mantido desde 2019. Os passes de trem e metrô também serão reajustados.
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A ideia é reduzir subsídios ao transporte público para controlar o defícit fiscal. O país está mergulhado em uma das piores crises de sua história, com a perspectiva de uma inflação de 90% até o final do ano e aumentos da taxa básica de juros que já passam de 52%. O déficit primário chegou a 755,9 bilhões de pesos (cerca de 30 bilhões de dólares) no primeiro semestre, equivalente a quase 1% do PIB, o que representa um aumento de 263% em relação ao mesmo período do ano passado. Ao mesmo tempo, o dólar subiu 60%.
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Na contramão da maioria dos países da América Latina o Brasil tem apresentado excelente desempenho em meio a crise econômica e sanitária global. Com geração de empregos em alta e projeções cada vez mais positivas para o PIB.