Títulos americanos podem prejudicar Bitcoin segundo análise. Isto porque, o rendimento dos títulos indexados à inflação dos Estados Unidos aumentou 100 pontos base (bps) desde o início de agosto.
E assim, provocou um nervosismo renovado em ativos de risco, incluindo criptomoedas. E para o desespero dos investidores de Bitcoin (BTC) mais otimistas, o chamado rendimento real provavelmente aumentará ainda mais nos próximos meses.
Isto porque, o Bitcoin historicamente se move na direção oposta ao rendimento real. O coeficiente de correlação de 90 dias entre os dois ativos atingiu um recorde de -0,95 no final de junho.
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A correlação negativa enfraqueceu para -0,65 nas últimas semanas, uma vez que a Merge (Fusão, na tradução para o português) do Ethereum (ETH) ofuscou os fatores macroeconômicos.
A Merge foi uma atualização realizada na semana passada que alterou a forma como a blockchain do projeto cripto valida e processa as transações.
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Entretanto, o temor do mercado é de que, com o upgrade do Ethereum fora do caminho, a correlação negativa do BTC e do mercado cripto mais amplo com os rendimentos reais caminha para se fortalecer novamente, dado o histórico.
Por fim, o Goldman Sachs disse que os títulos protegidos pela inflação (TIPS, na sigla em inglês) de 10 anos do Tesouro dos EUA, que são ajustados periodicamente para compensar os aumentos no índice de preços ao consumidor, podem subir para 1,25% até o final do ano e, eventualmente, atingir um pico entre 1,25% e 1,5%.
O rendimento real era de 1,02% em dado momento do dia, o maior desde novembro de 2018, de acordo com dados da plataforma de gráficos TradingView.
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