Os Estados Unidos deixarão a Organização Mundial da Saúde (OMS), disse o presidente Donald Trump na segunda-feira, afirmando que a agência global de saúde lidou mal com a pandemia da Covid-19 e outras crises internacionais de saúde.
“A Saúde Mundial nos enganou, todo mundo enganou os Estados Unidos. Isso não vai mais acontecer”, afirmou Trump na assinatura de decreto sobre a retirada, logo após sua posse para um segundo mandato. O governo interromperá as negociações sobre o tratado de pandemia da OMS enquanto a retirada estiver em andamento.
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Trump ainda comentou: “nós somos cobrados de valores muitos maiores para a OMS do que a China, e a China tem uma população muito maior do que a nossa, isto não é correto com os Estados Unidos”.
A saída dos EUA provavelmente colocará em risco os programas de toda a organização, de acordo com vários especialistas de dentro e de fora da OMS, principalmente aqueles que combatem a tuberculose, a maior causa de morte por doenças infecciosas do mundo, bem como HIV/AIDS e outras emergências de saúde.
Quando perguntado sobre a decisão e os comentários de Trump, o Ministério das Relações Exteriores da China disse em uma coletiva de imprensa nesta terça-feira que o papel da OMS na governança global da saúde só deve ser fortalecido, não enfraquecido.
“A China continuará a apoiar a OMS no cumprimento de suas responsabilidades e aprofundará a cooperação internacional em saúde pública”, declarou Guo Jiakun, porta-voz do ministério.
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A medida significa que os EUA deixarão a agência de saúde das Nações Unidas dentro de 12 meses e interromperão todas as contribuições financeiras para seu trabalho. Os Estados Unidos são, de longe, o maior patrocinador financeiro da OMS, contribuindo com cerca de 18% de seu financiamento geral. O orçamento bienal mais recente da OMS, para 2024-2025, é de 6,8 bilhões de dólares.
Segundo a ordem de Trump, o governo interromperá as negociações sobre o tratado de pandemia da OMS enquanto a retirada estiver em andamento. A equipe do governo dos EUA que trabalha com a OMS será chamada de volta e transferida, e o governo buscará parceiros para assumir as atividades necessárias da OMS.
O governo revisará, rescindirá e substituirá a Estratégia de Segurança Sanitária Global dos EUA de 2024 assim que possível, de acordo com o decreto.