O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta segunda-feira, 12, uma ordem executiva que determina a equiparação dos preços de medicamentos no país aos valores mais baixos praticados em outras nações desenvolvidas. A medida prevê que as primeiras ações sejam implementadas em até 30 dias.
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Segundo comunicado oficial da Casa Branca, o secretário de Saúde e Serviços Humanos, Robert Kennedy Jr., terá até 11 de junho de 2025 – 30 dias após a assinatura – para apresentar às farmacêuticas metas de preços baseadas no conceito de “preço de nação mais favorecida”.
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“Os americanos não serão mais obrigados a pagar quase três vezes mais pelos mesmos medicamentos”, afirma Trump no texto.
Apesar disso, a ordem executiva não fixa os porcentuais de corte. O documento apenas determina que os preços sejam alinhados aos cobrados em “nações comparativamente desenvolvidas”, sem especificar quais países servirão de referência nem qual será a metodologia adotada.
O governo norte-americano quer pressionar países europeus a aumentarem os preços que pagam por remédios. A justificativa é de que os EUA sustentam sozinhos os custos de pesquisa e desenvolvimento, e que isso deve ser mais equilibrado globalmente.
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Em declarações anteriores, o republicano mencionou que os cortes poderiam variar entre 30% e 90%.
Se as empresas não se adequarem voluntariamente às novas diretrizes dentro do prazo, o governo ameaça adotar medidas mais duras, como facilitar a importação de medicamentos de países com preços mais baixos e abrir investigações antitruste contra as fabricantes.
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“Caso os fabricantes de medicamentos não ofereçam aos consumidores americanos o menor preço de nação favorecida, minha administração tomará medidas adicionais e enérgicas”, alerta o presidente na ordem.
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Empresas do setor, como AstraZeneca e GSK, já sentiram o impacto da medida com queda no valor de suas ações. Representantes da indústria criticaram a decisão, alertando para possíveis cortes em investimentos em inovação.
Por outro lado, empresários aplaudiram a iniciativa, destacando o potencial benefício para milhões de americanos. A ordem executiva é vista como uma retomada da promessa de Trump de enfrentar os altos preços dos medicamentos, um dos temas centrais de sua atual campanha presidencial.