Vale busca comprador para área invadida do Pará

Lucro da Vale no trimestre tem alta de 17,5%, os resultados sairam nesta quinta-feira, 24, Contudo, a mineradora Vale, VALE3, reportou lucro líquido de 1,654 bilhão de dólares no terceiro trimestre. O valor é 17,5% superior ao mesmo período do ano passado.
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Vale busca comprador para área invadida do Pará. Dona de direitos de exploração há mais de 20 anos, a Vale (Vale3), viu o projeto se transformar, na prática, em um enorme passivo financeiro. Agora, decidiu vender esses ativos, que podem gerar uma conta ambiental difícil de calcular.

Desta forma, em termos sigilosos, a oferta comercial detalha a venda de seus direitos minerários para explorar oito áreas gigantescas de manganês na região de Marabá, no Pará.

E assim, no início de abril empresários do setor de mineração receberam uma proposta de negócio da Vale (VALE3). A mesma foi encaminhada via e-mail. Através do qual a empresa explica o potencial de exploração de mais de 12 mil hectares com abundância do minério que é usado para produção de aço.

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E ainda, a companhia defende as “mineralizações promissoras” do que batizou de “Projeto Buriti”, mas tratou de incluir em suas explicações que “a área foi invadida por terceiros”. Imagens dessas áreas, obtidas via satélite, mostram que, apesar de a mineradora nunca as ter explorado, mantendo apenas a exclusividade desse direito, a extração ilegal do manganês é grande.

Contudo, também deixa claro que o comprador terá de assumir todo e qualquer passivo ambiental da área, sejam estes danos “existentes e futuros, conhecidos ou não”.

Isto porque, são atividades sustentadas por maquinário pesado e por centenas de caminhões, que retiram milhares de toneladas de minério, em plena luz do dia, sem nenhum embaraço.

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A companhia, confirmou que a área foi invadida e que “vem sendo objeto de lavra clandestina desde 2014”. Em relação às ações criminosas, a empresa diz que, “ao longo dos últimos anos, tomou conhecimento da existência de lavra ilegal em área de direitos minerários da empresa”.

Desta forma, a mineradora afirmou que tem feito denúncias à Agência Nacional de Mineração (ANM) e à Polícia Federal há oito anos, mas sem obter êxito na desocupação. Por não ser a dona da terra, mas só do direito de extração, disse que “sequer tem acesso ao local ou legitimidade para retirar eventuais invasores”.

Porém, a companhia orientou aos interessados em adquirir os direitos de mineração que, caso queiram visitar as oito áreas em oferta, que fiquem à vontade, mas que o façam por conta própria.

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No entanto, a venda depende também de um aval do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Por fim a mineradora salientou que o comprador deverá, prioritariamente, “ realizar o pagamento à vista e em dinheiro”. A companhia não detalhou valores e diz que vai se basear na melhor proposta que receber.

Portanto, as empresas interessadas em enviar oferta deverão fazê-lo, por sua conta e risco, com base nos dados contidos no VDR (banco de dados digital) e em informações obtidas diretamente com representantes da Vale”.

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