Via Varejo e Magazine Luiza negociadas a centavos. É possível?. Especialistas entendem que as empresas cotadas abaixo de R$ 1,00 na Bolsa passam por um processo financeiro mais complicado, com muita alavancagem e dívida. “Elas se tornam incapazes de pagar os valores pendentes e, consequentemente, entram em um processo de recuperação judicial, o que gera uma deterioração de valor. E esse não é o caso do Magalu, MGL3.”
Contudo, ações negociadas a centavos são normalmente chamadas de “penny stocks”. São ações de empresas listadas na Bolsa de Valores que apresentam baixa capitalização de mercado e são negociadas a centavos. Por serem cotadas a valores abaixo de R$ 1,00, elas passam por grandes volatilidades e, consequentemente, se tornam ativos com mais riscos nas negociações.
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Desta forma, quando um papel se mantém nesse patamar por mais de 30 pregões seguidos, a B3 envia uma notificação para a empresa, a fim de entender se há um plano de reestruturação para reverter a situação. Caso contrário, ela passa a ter a negociação suspensa.
No entanto, a principal vantagem das penny stocks é também a sua pior desvantagem. Por ter valor baixo, elas podem render bons retornos em um curto prazo ao dobrar o valor.
Portanto, caso não aconteça uma valorização, os especialistas citam a falta de liquidez, também causada pelo baixo preço. Com isso, há a possibilidade de o investidor não conseguir vendê-las ou precisar reduzir o preço, gerando perdas
Entretanto, em relação à Via Varejo,VIIA3, o cenário é mais delicado. “A empresa tem dívidas na conta, mas o gráfico não apresenta nenhuma possibilidade de default nos próximos meses”, finaliza o especialista.
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Para a maior parte dos especialistas, ambas as empresas não correm o risco de virarem penny stocks no momento. O especialista ainda complementa que o cenário negativo atual é reflexo de uma economia que pressiona as varejistas.
Eles acreditam que “as varejistas sentiram o impacto do ciclo da alta de juros e, conforme o momento for se dissipando, elas tendem a voltar para um patamar positivo. É importante que o investidor entenda a diferença de uma empresa que está passando por um momento delicado ou se ela realmente está indo ‘ladeira abaixo’.
Além disso, o fato das empresas estarem em um cenário financeiro conturbado acende o alerta sobre os riscos. “É preciso, antes de mais nada, estudar a empresa, observando como funciona a gestão e como ela está assumindo o controle do negócio para atravessar este momento difícil”.