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A partir de 29 de janeiro de 2024, a B3 (Bolsa de Valores de São Paulo) vai lançar contratos de opções de compra (chamadas “call“) e opções de venda (“put“) sobre 15 ativos que terão vencimentos semanais.

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Seguindo a lógica do que já ocorre no mercado internacional, os contratos desses derivativos vão terminar toda sexta-feira do mês. Atualmente, todos vencem na terceira sexta-feira do mês.

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Dentre os 15 ativos que terão contratos semanais estão ações com alto volume de negociação diária e as que compõem a maior parte do Ibovespa. Alguns exemplos são Magazine Luiza (MGLU3), Casas Bahia (BHIA3), Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3). Além disso, fundos ETFs que replicam o índice Bovespa serão incluídos, como iShares Ibovespa (BOVA11) e It Now Ibovespa (BOVV11).

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Conheça a lista de opções:

Código de negociaçãoDescrição
ABEV3Ações ordinárias da Ambev
B3SA3Ações ordinárias da B3
BBAS3Ações ordinárias do Banco do Brasil
BBDC4Ações preferenciais do Bradesco
BHIA3Ações ordinárias do Grupo Casas Bahia
BOVA11ETF – iShares Ibovespa Fundo de Índice
BOVV11ETF It Now Ibovespa
GGBR4Ações preferenciais da Gerdau
HAPV3Ações ordinárias da Hapvida
ITUB4Ações preferenciais do Itaú Unibanco
MGLU3Ações ordinárias do Magazine Luiza
NTCO3Ações ordinárias da Natura
PETR4Ações preferenciais da Petrobras
SUZB3Ações ordinárias da Suzano
VALE3Ações ordinárias da Vale

Fonte: B3

Com opções semanais seria possível ao investidor se posicionar para aproveitar a variação de preço da ação diante de notícias macro ou microeconômicas relevantes. Por exemplo, quando sai uma decisão de política monetária ou quando uma uma empresa divulga um resultado muito melhor ou muito pior do que o esperado pelo mercado.

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Porém, existe o impasse da liquidez. Tem um problema: o mercado de opções é pouco líquido (tem poucos negociadores), e hoje já temos uma série de opções que não negociam por causa disso. Pode ser que a criação de mais uma categoria de opções dilua ainda mais a quantidade de negociadores para cada opção, o que tornaria mais difícil a compra e venda delas por preços justos.

Para analistas, a iniciativa é boa, mas ainda precisa entrar em prática para ser melhor avaliada.

Como funciona o investimento em opções?
Nesse mercado, o titular da opção tem o direito, mas não a obrigação, de comprar ou vender um ativo subjacente a um preço especificado (preço de exercício ou ‘strike‘) até uma certa data.

Ao comprar uma opção, um investidor espera obter lucro com uma movimentação no preço do ativo subjacente.

Quem compra a opção paga um valor (prêmio) ao vendedor para adquirir esse direito. Esse prêmio é o único compromisso do comprador em relação à transação.

Então, ao vender uma opção, um investidor espera se beneficiar com os prêmios recebidos, mas aceita o risco de que o comprador exerça o seu direito de comprar ou vender o ativo subjacente.

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Se o preço do ativo ficar acima do preço da opção, o comprador da opção tem a possibilidade de comprar; se ficar abaixo, ele não comprará. Se o comprador não exerce o direito, o vendedor embolsa o valor do prêmio – como em um seguro.

No caso de uma “call”, se o preço de mercado no vencimento do contrato for maior do que o preço de exercício, o comprador ganha a diferença. Caso contrário, perde o valor do prêmio.

A “put” é exatamente o oposto. Se o preço de mercado no vencimento for maior do que o preço de exercício, o comprador do contrato perde o prêmio. Caso contrário, embolsa a diferença entre o preço de exercício e o de mercado.

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