Como ficam os fundos imobiliários em 2021? Será que vale a pena? Embora já existam ha algum tempo a popularização dos FIIs é recente. Os FIIs são conhecidos com alternativa para quem deseja ter investimento no mercado imobiliário por meio da Bolsa de Valores.
Desta forma, com baixo custo, é possível negociar cotas de fundos que investem em empreendimentos imobiliários, como hotéis, shoppings, edifícios comerciais, entre outros.
Entretanto, o novo cenário econômico e social criado pela pandemia do Covid 19 criou dúvidas em todos os seguimentos de investimento. Desde de o início da pandemia, navegamos entre quedas dos preços das cotas até mesmo o fechamento de shoppings e escritórios.
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Desta forma, percebemos que os desafios dos fundos de investimentos imobiliários foram muitos durante 2020. Contudo, o setor mostrou resiliência e cresceu em meio à crise. Em se tratando do número de cotistas pessoas físicas o valor dobrou em meio à turbulência e incertezas. O número de cotistas nesta modalidade ultrapassou 1 milhão de investidores.
No entanto, se formos verificar números, a SmartBrain, liberou informações entre março e o fim de dezembro do último 2020. No período 44,9% dos fundos imobiliários negociados em Bolsa apresentaram desempenho positivo. O grande destaque foi o Hectare CE (HCTR11), conseguiu valorização de 59,39% no período e 46,95% no acumulado do ano.
Embora tivemos bons resultados, analisando todo o ano de 2020 constatamos que 47 dos FIIs ou 28,14% dos negociados em Bolsa conseguiram fechar o ano no azul. A análise leva em conta os dados apresentados pela SmartBrain. A SmartBrain é uma plataforma de controle e consolidação de investimentos do Brasil. Fundada em 2004, ela oferece sistemas e ferramentas que geram informações qualificadas para a gestão completa do patrimônio e a geração de riqueza.
Entretanto, todo investimento oferece também riscos. Atualmente um dos riscos existente é o fiscal do Brasil. O que pode impactar o setor imobiliário ao longo de 2021. Todos que pretendem investir em FIIs ou planeja entrar no universo dos fundos imobiliários deve estar atento.
Os tipos de FIIs com diferentes resultados
Há vários tipos de fundos, que são divididos pelas características dos ativos em que investem, e que, em 2020, tiveram comportamentos um pouco distintos. Existem os fundos que investem em no ativo diretamente, ou seja, faz o investimento no ativo imobiliário. Já os fundos de papéis compram ativos que são lastreados em um ativo imobiliário, geralmente dívidas ou instrumentos financeiros.
No entanto, analisando os resultados dos dois tipos de fundos em 2020 verificamos as diferenças. Os fundos que investem no ativo apresentaram em sua maioria resultados ruins. Os que são atrelados a aluguéis conviveram com a inadimplência e muita renegociação.
Os fundos ligados aos shopping centers foram mais afetados e os fundos ligados a hotéis também tiveram bastante prejuízo. Em contrapartida, os fundos ligados aos galpões logísticos devido ao crescimento do e-commerce, então as companhias tiveram que alugar galpões e, consequentemente, houve um fortalecimento desses ativos.
Entretanto, os fundos ligados a papéis, na maioria indexados ao IGP-M (índices de inflação) tiveram um ano relativamente bom. Desta forma, quando a pergunta é o que fazer em 2021, a resposta é relativa. Tudo depende do que vai acontecer com a situação fiscal do país.
Desta forma, os analistas acreditam que quando os juros aumentam, o investidor acaba saindo dos fundos imobiliários. E assim, acaba migrando para o financiamento da dívida pública. No entanto, se a taxa de juros se mantiver como está hoje, os analistas acreditam nos resultados positivos dos FIIs.