A “vice-presidente” da Nicarágua e esposa do ditador Daniel Ortega, Rosario Murillo, anunciou uma nova parceria com a China, nesta segunda-feira (29), para construção de uma usina energética no país centro-americano.
Em entrevista à imprensa local, a representante do regime afirmou que a empresa estatal China Communications Construction Company Limited (CCCC) construirá uma usina de energia solar a partir de um empréstimo de 80 milhões (cerca de R$ 400 milhões) de Pequim, informou Murillo.
Funcionários do Ministério de Minas e Energia e do Ministério da Fazenda e Crédito Público nicaraguenses estão no país asiático finalizando as negociações. “Vão realizar as negociações finais para que seja realizada a cerimônia de assinatura dos documentos, acordos, contratos e do projeto que começa no último trimestre deste ano”, disse a esposa do ditador Ortega.
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Além da nova parceria energética, os regimes e empresas estatais chinesas negociam outros empreendimentos na área de construção de habitações populares na Nicarágua e projetos de infraestrutura.
China e Nicarágua estreitaram laços em dezembro do ano passado, quando os líderes dos regimes de Pequim, Xi Jinping, e Ortega concordaram em elevar suas relações ao nível de “associação estratégica”. No mês seguinte, os países implementaram um tratado de livre-comércio.
As ditaduras se tornaram grandes aliadas, nos últimos anos, desde que Ortega rompeu relações diplomáticas com Taiwan, reivindicada pela China como parte de seu território.
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Algumas razões para a China colonizar países pelo mundo
Cerca de 16% da área mapeada das principais cidades da China está afundando mais de 10 milímetros por ano. Aponta um artigo publicado recentemente na revista Science Today. Segundo os especialistas, uma em cada dez pessoas que moram na região serão diretamente afetados.
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Uma área ainda maior, cerca de 45%, afunda em um ritmo mais lento, acima de 3 milímetros por ano, segundo o artigo. A lista de cidades afetadas inclui: a capital Pequim, bem como capitais regionais, incluindo Fuzhou, Hefei e Xi’an.
A situação pode fazer com que um quarto das terras costeiras da China desça abaixo do nível do mar, representando “sérias ameaças” para centenas de milhões de pessoas.
A China também sofre de subsidência, um fenômeno que ocorre quando a terra afunda em relação ao nível do mar, geralmente devido à extração de água subterrânea, rocha ou outros recursos.
O artigo também menciona fatores humanos, como o peso dos edifícios, uso de sistemas de transporte e mineração subterrânea.
pesquisa liderada por Tao Shengli, pesquisador em tecnologia de sensoriamento remoto da Universidade de Pequim, avaliou 82 cidades em toda a China com uma população de mais de 2 milhões de habitantes. Eles usaram pulsos de radar de satélites para medir as mudanças na distância entre o satélite e o solo para examinar como as elevações mudaram de 2015 a 2022.
Os pesquisadores descobriram que as cidades que enfrentam graves subsidências também estão concentradas no interior, como Kunming, Nanning e Guiyang, que, mesmo menos industrializadas, também foram afetadas pelo problema, destacou Zhou Yuyu, geógrafo da Universidade de Hong Kong.
A China ocupa o posto do país mais populoso de todo planeta. Com tamanho índice populacional, cerca de 1 pessoa em cada 7 habitantes do mundo é chinesa.
O número de habitantes do país da Ásia Oriental corresponde a aproximadamente 1,4 bilhão de pessoas.
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Em decorrência desse grande número o governo chinês teve que implantar medidas de natalidade, sendo permitido apenas 1 filho por casal.
A China deverá atingir uma lacuna de cerca de 130 milhões de toneladas na oferta de alimentos até o final de 2025, à medida que a população urbana segue aumentando e a mão de obra rural envelhece, segundo o relatório de um think tank governamental.
s temores relacionados à oferta de alimentos na China voltaram ao centro das atenções neste mês, depois de o presidente Xi Jinping condenar um “vergonhoso” desperdício de alimentos, desencadeando uma onda de iniciativas empresariais e de governos locais.
A garantia da oferta de alimentos é uma importante fonte de legitimidade política para o Partido Comunista Chinês, mas o rápido crescimento populacional e as amplas taxas de industrialização e urbanização tornaram cada vez mais escassos e pressionados os recursos terrestres e hídricos do país.