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Com o título de “Uma cômoda dependência”, o Estadão fez uma análise sobre o comportamento do governo Lula no que tange a balança comercial brasileira.

A China foi o destino de 37,2% das exportações brasileiras em 2023, quase exclusivamente de commodities. Há 18 anos, não passavam de 10%. A escalada deu-se em paralelo à redução da participação de mercados que, tradicionalmente, absorvem manufaturas brasileiras, em especial os Estados Unidos e a Argentina.

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O resultado mais visível dessa equação está na presença da indústria de transformação nos embarques do País, que caiu de 66,2%, em 2016, para 52,2% no ano passado. Pode-se concluir que a qualidade das exportações brasileiras, medida pelo seu valor agregado, recuou na administração Lula, afirma o jornal.

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Para o Estadão o benefício, entretanto, está longe de ser totalmente mútuo. Primeiro, pela resistência histórica da China em adquirir os produtos acabados do Brasil – em vez da soja, mais carnes; em vez do minério, chapas e bens siderúrgicos. Segundo, porque, no setor de commodities, as condições dos importadores valem bem mais do que as expectativas dos exportadores. Em linguagem comercial, o País se mantém na condição de “vendido” diante da China, afirmou.

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O jornal explica que nada impede um esforço concentrado do governo Lula e do setor privado brasileiros para buscar outros mercados para suas commodities e, especialmente, para seus produtos com maior valor agregado. Na pauta exportadora do Brasil, não faltam bens altamente competitivos no agronegócio e na indústria de transformação.

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Mas manter ou ampliar a dependência brasileira da demanda chinesa exclusiva por commodities não deixa ser uma lógica comodista. Passou da hora da adoção de políticas públicas para agregar valor às exportações e diversificar os mercados do Brasil.

Para o periódico, a perspectiva de o governo Lula da Silva ver esse resultado ainda mais robusto neste e nos próximos anos, entretanto, está entremeada por justas preocupações em torno da diversidade e da qualidade de seu comércio exterior. A dependência cada vez maior em relação ao mercado chinês, consumidor quase exclusivo de três commodities brasileiras, é a principal delas, conclui.

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