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A IFI (Instituição Fiscal Independente) do Senado Federal disse que o déficit primário do governo central (que reúne governo federal, Banco Central e Previdência Social) foi de R$ 233,3 bilhões em 2023.

Ao excluir os efeitos não recorrentes, como o pagamento de precatórios, o rombo foi de R$ 134 bilhões. Em 2022, o governo central registrou superavit primário de R$ 59,74 bilhões. Ou seja, o resultado primário piorou em R$ 293 bilhões (ao considerar o déficit convencional de R$ 233,3 bilhões).

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não cumpriu a meta de ter um déficit de 1% do PIB (Produto Interno Bruto). Tanto o rombo convencional de R$ 233,3 bilhões (2,1% do PIB) quanto o recorrente de R$ 134 bilhões (1,2% do PIB) ficaram acima do estimado.

Como justificativa, ele responsabilizou o governo anterior e não o excesso de gastos do atual, disse que foi preciso pagar aos Estados que perderam arrecadação em 2022 por causa da redução do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre combustíveis.

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O resultado oficial do déficit primário será divulgado ainda em janeiro pela Secretaria do Tesouro Nacional. O rombo previsto pela IFI é ligeiramente menor que o calculado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), de R$ 234,4 bilhões. Segundo a IFI, houve uma “evidente deterioração do resultado primário da União ao longo de 2023”.

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Disse que houve um enfraquecimento das receitas aliado ao aumento das despesas autorizadas pela PEC (Proposta de Emenda à Constituição) fura-teto. “O resultado primário convencional caiu de um superavit de 0,5% do PIB, em dezembro de 2022, para déficit de 2,1% do PIB em dezembro de 2023. O resultado recorrente, por sua vez, caiu de um superavit de 0,2% do PIB para um déficit de 1,2% do PIB no período”, disse o relatório da IFI.

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