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O país ainda não reúne fundamentos para sustentar uma Selic estruturalmente mais baixa, apesar das condições de curto prazo permitirem cortes no juros, afirma o vice-chairman e diretor global de políticas pública do Nubank, Roberto Campos Neto, ex-presidente do BC.

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“Hoje, eu não vejo com a capacidade do Brasil ter uma taxa de juros muito baixa […]. Para termos juros estruturalmente mais baixos, temos que ter um fiscal estruturalmente diferente”, disse no III Seminário Brasil Hoje, da Esfera Brasil.

Campos Neto destacou que a trajetória da dívida pública continua sendo o principal limitador para uma queda duradoura dos juros. Segundo ele, mesmo em cenários considerados otimistas, com a uma Selic de 11%, o endividamento bruto deve crescer entre 3,5% e 5% ao ano, patamar elevado em comparação com outros emergentes.

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Ele reforçou a necessidade de um “choque fiscal positivo” — ou seja, uma mudança de credibilidade que altere a percepção sobre a sustentabilidade das contas públicas e permita a queda das taxas longas da curva de juros. Tal condição é essencial, segundo o executivo, para que os cortes promovidos pelo Banco Central se propaguem de forma consistente.

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“É muito difícil, na história da política monetária, um Banco Central derrubar os juros quando a taxa longa está muito alta”, afirmou.

O vice-chairman do Nubank defendeu ainda a necessidade de repensar o tamanho do Estado brasileiro, que, em sua avaliação, “gasta muito” e não entrega serviços compatíveis com seu peso na economia.

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“Nós temos um governo maior que não oferece serviços são compatíveis com outros governos desse tamanho, e não só não oferecem esses serviços, como o ritmo de gasto é maior do que os outros”, disse.

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Apesar de enxergar espaço para reduções adicionais da Selic no curto prazo, Campos Neto voltou a frisar que sem uma mudança estrutural nas contas públicas, os juros tendem a permanecer elevados.

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“Até vamos entrar em um período, em breve, que vamos conseguir cair os juros um pouco, mas não vai mudar muito estruturalmente a trajetória da dívida”. “Com o estado que elegemos ter, a gente não consegue chegar lá”, disse.

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