Patrocinado

O governo quer usar o Fundo Garantidor de Créditos (FGC) entidade privada para compensar descontos indevidos de crédito consignado em aposentadorias pensões do INSS, disseram parlamentares e fontes do setor privado ao jornal Folha de S.Paulo.

O fundo, no entanto, só cobriria os valores descontados de forma irregular caso estes não fossem restituídos pelo banco que fez a operação em um prazo de até 30 dias após verificada a irregularidade, informa a publicação.

AINDA: ..Após Toffoli paralisar e colocar em sigilo investigação do “roubo do INSS” no STF. Mendonça assume a investigação

É importante lembrar que o FGC é uma entidade privada sem fins lucrativos para a qual os bancos fazem contribuições, com o objetivo de garantir a estabilidade do sistema financeiro. Já o INSS é de responsabilidade do Estado no caso da gestão Lula e todo dinheiro arrecadado de contribuição obrigatória para aposentadoria vai para ele.

LEIA: Em seis meses governo Lula queimou quase R$ 2 bilhões de…

Segundo a Folha, a ideia surgiu porque tramita no Congresso um projeto de lei, relatado pelo deputado Danilo Forte (União Brasil-CE), que estabelece que o governo é corresponsável pelo ressarcimento do aposentado ou pensionista nos casos em que instituições financeiras façam empréstimos com desconto em folha não autorizados em nome de beneficiários do INSS.

LEIA: Com a chegada das forças militares dos EUA nos arredores da Venezuela, Maduro anuncia liberação de presos políticos e possibilidade de renúncia. “Blefe ou…

Acesse as notícias que enriquecem seu dia em tempo real, do mercado econômico e de investimentos aos temas relevantes do Brasil e do mundo pelo telegram Clique aqui. Se preferir siga-nos no Google Newr

SAIBA: Big Techs denunciam atuação inconstitucional do STF em documento aos EUA

Pelo relatório de Forte, descontos em benefícios geridos pelo INSS que ocorrerem sem autorização do pensionista ou aposentado terão que ser devolvidos integralmente.

O PL surgiu em resposta à descoberta de um esquema de fraude de descontos indevidos no INSS, que teria movimentado R$ 6,3 bilhões de 2019 a 2024.

VEJA: China vai retomar comércio de soja com os EUA e mercado brasileiro fica de lado…

No caso do crédito consignado, a instituição financeira terá 30 dias para o ressarcimento a partir da notificação ou da decisão administrativa que reconheça o desconto como indevido.

Se isso não ocorrer, o deputado propôs que o INSS faça a devolução do dinheiro. Forte diz que a intenção é evitar prejuízo para os aposentados e pensionistas e se baseia nas reclamações sobre cobranças por serviços não contratados, que aumentaram neste ano, segundo o Ministério da Justiça.

SAIBA: Após polêmica, Cade abre investigação sobre venda de ativos de níquel…

A ideia de usar o FGC para garantir esses ressarcimentos em caso de não devolução dos recursos por parte dos bancos, portanto, surgiu como alternativa para evitar impacto nas contas públicas e liberar Lula da responsabilidade, informa a Folha.

MAIS: INSS livra sindicato de irmão de Lula de devolver dinheiro e prestar contas pelo roubo dos aposentados e pensionistas

Como ter sua cédula Uruguaia

Ainda de acordo com o jornal, após negociações com o governo, Forte incluiu em seu parecer que o INSS poderá cobrar o reembolso destes descontos indevidos do FGC caso não consiga reaver o dinheiro por via judicial. O mecanismo, porém, deverá ser regulamentado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

AINDA: Moraes usou uma “rede de infiltrados para tentar identificar e prender pessoas e condená-las pelo 08 de janeiro” afirma denúncia da Civilization Works

Nova função do FGC seria ‘extravagância’

O FGC é uma entidade privada sem fins lucrativos para a qual os bancos fazem contribuições, com o objetivo de garantir a estabilidade do sistema financeiro.

O fundo é responsável por cobrir o pagamento de uma série de depósitos e empréstimos em caso de quebra de uma instituição financeira, como contas-correntes, contas-poupança, CDB, LCI, LCA, entre outros.

LEIA: “Moraes fere de morte diversos direitos fundamentais com medidas aplicadas ao ex-presidente Bolsonaro”, afirma Constitucionalista

De acordo com a Folha, o setor bancário critica a proposta nos bastidores, classificando-a como uma extravagância, por usar recursos de uma associação privada que tem outra finalidade e não a de ressarcir fraudes no INSS.

Receba conteúdo exclusivo sobre os temas de seu interesse! Confirme em sua caixa de e-mail sua inscrição para não perder nada