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Durante o início da conferência climática da ONU em Belém (PA) COP30, em novembro de 2025 — uma manifestação organizada por movimentos de esquerda terminou em confronto físico e deixou dois seguranças feridos. O episódio, registrado em vídeo e amplamente compartilhado nas redes sociais, escancarou uma tensão interna entre o discurso oficial do governo Lula sobre sustentabilidade e a prática adotada na organização do evento.

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O protesto e o confronto

O ato foi promovido por militantes ligados a movimentos sociais e ambientais que reivindicam maior participação popular na COP30 e denunciam o que consideram uma “elitização” do evento. Os manifestantes tentaram acessar áreas restritas do Hangar Centro de Convenções, onde ocorrem reuniões preparatórias, e foram contidos por seguranças privados. A tentativa de invasão resultou em agressões físicas, deixando dois profissionais feridos.

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  • Os manifestantes alegam que foram reprimidos de forma violenta.
  • Os seguranças atingidos receberam atendimento médico e passam bem.
  • A Polícia Militar foi acionada, mas não houve prisões.

Sustentabilidade em xeque

O governo Lula tem promovido a COP30 como símbolo de compromisso ambiental e liderança global na pauta climática. No entanto, denúncias de superfaturamento em obras, exclusão de movimentos sociais e repressão a protestos colocam em dúvida essa narrativa.

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  • Investigações apontam irregularidades em contratos ligados à infraestrutura da COP30.
  • Movimentos sociais acusam o governo de priorizar interesses políticos e empresariais em detrimento da participação popular.
  • A manifestação foi uma resposta direta à falta de diálogo com grupos historicamente aliados ao governo.

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Contradição dentro da esquerda

O episódio revela uma fissura dentro da própria base ideológica do governo. Embora o presidente Lula represente a esquerda no poder, os manifestantes também se identificam com pautas progressistas e cobram coerência entre o discurso e a prática.

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  • A crítica não vem da oposição tradicional, mas de setores que ajudaram a eleger o atual governo.
  • A repressão ao protesto levanta questionamentos sobre o compromisso real de Lula com a democracia participativa e a justiça ambiental.

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Repercussão internacional

O Brasil corre o risco de comprometer sua imagem como anfitrião da COP30. A conferência, que deveria ser um marco de união em torno da sustentabilidade, começa a ser marcada por conflitos internos e denúncias que fragilizam a credibilidade do evento.

A COP30, antes vista como vitrine ambiental do governo Lula, agora se transforma em palco de cobranças por coerência, transparência e inclusão — vindas justamente de quem compartilha os mesmos ideais.

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