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A visita do chanceler alemão Friedrich Merz à Cúpula da Amazônia, em Belém, terminou de forma inesperada e desconcertante. Esperava-se que a Alemanha anunciasse um aporte significativo ao Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), iniciativa brasileira de Lula que visa financiar a preservação da Amazônia por meio de títulos de dívida soberana. No entanto, Merz deixou o evento sem formalizar qualquer compromisso financeiro — um gesto que, mais do que diplomático, pareceu carregado de desconfiança.

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O chanceler alemão Friedrich Merz permaneceu no Brasil por apenas 1 dia durante a Cúpula de Líderes da COP30, em Belém, no dia 7 de novembro de 2025. Essa saída rápida, sem qualquer aporte ao Fundo Florestas Tropicais para Sempre, reforçou a percepção de que Merz viu ou sentiu algo no ambiente da cúpula que o fez desconfiar da proposta brasileira — seja pela estrutura do fundo, pela governança, ou pelo cenário político.

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Durante sua breve participação, Merz afirmou que “precisa revisar a estrutura novamente e, possivelmente, fazer novas propostas sobre como implementá-la. Só então nos envolveremos.” A declaração, embora diplomática, foi interpretada como um sinal claro de que o modelo proposto pelo governo Lula não inspira segurança jurídica ou institucional suficiente para atrair investimentos alemães.

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O episódio levanta um contrassenso: se não havia intenção de anunciar apoio concreto, por que vir ao Brasil? A presença de Merz, seguida por uma saída rápida e sem compromissos, gerou desconforto entre diplomatas e autoridades brasileiras.

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Fontes próximas à delegação europeia indicam que o ambiente da COP30 pode ter influenciado a decisão. A proposta brasileira, embora ambiciosa, ainda carece de mecanismos claros de governança, transparência e garantias de retorno. Além disso, o clima político interno e a polarização institucional podem ter contribuído para a percepção de risco.

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A ausência de compromisso alemão expõe fragilidades na articulação internacional do Brasil na gestão Lula. O governo apostava na COP30 como vitrine de liderança ambiental, mas o gesto de Merz revela que ainda há obstáculos de credibilidade a superar. A visita, que deveria simbolizar parceria, acabou destacando fissuras.

Se o chanceler viu ou sentiu algo no ambiente da cúpula que o fez desconfiar, não verbalizou. Mas seu silêncio financeiro falou alto.

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