Maior alta do petróleo dos últimos sete anos

Petróleo tem quinta alta consecutiva desde julho e sobe 20%
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Maior alta do petróleo dos últimos sete anos. Os preços do petróleo continuaram a escalada, quando os militares da Rússia intensificaram seu ataque à capital da Ucrânia, Kiev. O petróleo de referência dos EUA West Texas Intermediate saltou 10,6% para cerca de US$ 106 (R$ 546,98) por barril, seu nível mais alto desde julho de 2014, enquanto o petróleo de referência internacional Brent aumentou 9,5% para ser negociado a mais de US$ 107 (R$ 552,14) por barril – superando a alta de sete anos da semana passada de US$ 105 (R$ 541,82) por barril.

Transporte marítimo para a Rússia é interrompido

Embora os Estados Unidos e os aliados ocidentais tenham agora desencadeado severas sanções econômicas contra a Rússia, a maioria dos países até o momento relutou em atingir o país com duras sanções energéticas.

Contudo, o Canadá se tornou no último dia de Março o primeiro país a visar diretamente os mercados de energia da Rússia, proibindo as importações de petróleo e, embora outros aliados ocidentais ainda não sigam o exemplo, já há sinais de interrupções nas exportações de petróleo russo, segundo analistas.

Entretanto, se as exportações russas de petróleo e gás natural forem totalmente interrompidas – por qualquer motivo – “é plausível, nesse cenário, que os preços do petróleo subam para mais perto de US$ 150 por barril”. Mesmo que os preços do petróleo permaneçam em US$ 100 por barril por um período de tempo “sustentável”, isso pode acabar custando aos consumidores dos EUA cerca de US$ 80 bilhões a mais na bomba de gasolina, estima ele. Parte desse impacto já está sendo sentido pelos americanos: a média nacional de um galão de gasolina atualmente é de US$ 3,619 – um aumento de 24 centavos em relação ao mês passado, segundo dados da AAA.

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Desta forma, os atuais diferenciais de preço do petróleo estão refletindo uma clara relutância em aceitar o petróleo russo”, disse o JPMorgan em nota aos clientes nesta terça-feira, acrescentando que “os principais financiadores europeus das casas de comércio de commodities já começaram a restringir o financiamento para negócios de commodities, e os bancos chineses também estão recuando.”

E ainda, a IEA (Agência Internacional de Energia) realizou uma reunião com autoridades de energia de todo o mundo para discutir como seus integrantes “podem desempenhar um papel na estabilização dos mercados de energia”, com os países membros concordando em liberar 60 milhões de barris de petróleo de suas reservas estratégicas para ajudar a compensar o impacto do conflito Rússia-Ucrânia.

Vale lembrar que a Rússia é o segundo maior produtor de petróleo do mundo e um grande fornecedor de gás natural para a Europa.

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