Produção de carne deve ser a menor dos últimos 20 anos. A produção de carne bovina do Brasil deverá terminar 2022 com 8,115 milhões de toneladas (equivalente carcaça), o menor patamar em mais de 20 anos.
Enquanto as exportações devem avançar para novo recorde, de acordo com projeções publicadas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Desta forma, o mercado interno deve abocanhar cerca de 65% da produção de carne bovina do Brasil este ano, enquanto a exportação ficará com o restante, em meio à forte demanda da China, que no primeiro semestre elevou as compras do produto brasileiro em 35%.
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O Brasil, maior exportador global de carne bovina, é sede de gigantes do setor, como JBS, Marfrig e Minerva.
E assim, a produção de carne bovina tende a manter o comportamento de redução na oferta, uma vez que a demanda no mercado interno está desaquecida”, disse a Conab.
Desta forma, a disponibilidade de carne bovina per capita deve ficar em torno de 25 quilos por habitante/ano, a menor de uma série histórica iniciada em 1996. A oferta per capita já chegou atingir máxima de 42,8 kg/habitante/ano, em 2006.
Conforme dados da Conab, a exportação de carne bovina pelo Brasil deve passar para 2,8 milhões de toneladas (equivalente carcaça), uma máxima histórica, versus quase 2,5 milhões em 2021, o que ajuda explicar por que os preços estão em patamares elevados, apesar da demanda interna mais fraca.
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Entretanto, se o processamento de carne bovina está caindo, diante de uma arroba bovina em patamares historicamente elevados, acima de 300 reais –o que também colabora para a elevação de custos aos consumidores–, a produção de carnes de frango e suína, consideradas proteínas substitutas, tem subido nos últimos anos.
Em contrapartida, para aves, a produção se mantém próxima a 15 milhões de toneladas, o que garante uma disponibilidade per capita de 48,6 quilos por habitante no ano.
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No entanto, o índice, que atingiu o maior nível no ano passado chegando a 50,5 kg, deve registrar uma ligeira queda de 3% em 2022, dada a pequena redução da oferta, aumento das exportações e crescimento da população brasileira, disse a Conab.
Porém, para suínos, é esperada a maior produção para a série histórica, sendo estimada em 4,84 milhões de toneladas, um acréscimo de cerca de 3% na oferta do produto quando comparado com 2021.