O que marcou o mercado financeiro na semana? O Ibovespa teve sua quarta queda seguida ficando negativo em 0,61%, aos 109.280,37 pontos e perdas acumuladas na semana de 2,69%. O índice acompanhou as baixas em Wall Street com o Dow Jones enxugou 0,45% (-4,46% na semana), S&P 500 recuou 0,72% (-5,17 na semana) e Nasdaq caiu 0,90% (-5,97% na semana).
Isto porque, os indícios de problemas econômicos já são mais fortes. Sendo que os números preliminares da FedEx no trimestre encerrado em agosto vieram abaixo das expectativas do mercado. A empresa afirmou que os resultados foram impactados por uma queda no volume de negócios e disse esperar um cenário pior pela frente.
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Com um aumento de temores sobre uma desaceleração econômica, o dólar também se valorizou. Diante do real só na sexta-feira foram mais 0,38%.
Para a próxima semana o Copom se reunirá nos dias 20 e 21 de setembro. “Acreditamos que o cenário de inflação para o horizonte de política monetária relevante melhorou marginalmente e, portanto, o comitê deve indicar a interrupção do processo de aperto monetário, encerrando o ciclo da taxa Selic em o nível atual de 13,75% ao ano”. O BBA ainda projeta que a Selic deve cair apenas no segundo semestre de 2023, chegando a 11,00% ao fim do próximo ano.
O mercado financeiro segundo as empresas listadas na B3
Considerado um dia defensivo, à espera da reunião do Copom e do Federal Reservena próxima semana os investidores levaram a bolsa brasileira fechar a semana no vermelho.
As blue chips ajudaram a puxar o índice para baixo, já que a Petrobras (PETR3;PETR4) perdeu, respectivamente, 0,55% e 0,90%. Enquanto a Vale (VALE3) recuou 0,15%. A Natura (NTCO3) também esteve entre as mais negociadas do dia (foi a 4ª com maior volume de negócios) e caiu 10,47%, após empresa esfriar expectativas sobre reestruturação.
Já os bancos deram sua contribuição para a queda, especialmente o Bradesco (BBDC4), a 3ª mais negociada do dia, com queda de 1,14%.
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Entretanto, algumas ações subiram, o destaque acabou com nomes fortes do varejo brasileiro. Magazine Luiza (MGLU3) lutou durante todo o dia, trocando sinais, e acabou positiva em 2,76%, seguida por outros nomes do varejo, como Carrefour (CRFB3), com mais 2,60%; Méliuz (CASH3), mais 2,48%; Americanas (AMER3), mais 2,42%; e Via (VIIA3), com alta de 0,64%.
Crise na Europa e reflexos econômicos
A crise na Europa tem quase que diariamente uma nova complicação. Após a escassez de gás que reflete de diversas formas, o alumínio também preocupa no momento.
A crise de energia na Europa, os cortes na produção e a escassez de alumínio deixaram em dúvida a indústria de transporte e construção se consomem ou não o produto proveniente da Rússia (segundo maior produtor de alumínio do mundo).
O material russo é mais barato, mas há receio de consumo por conta do bloqueio da Rússia devido à Guerra na Ucrânia, informa o site Mining. O Morgan Stanley “está otimista” em relação ao preço do alumínio, devido ao corte de demanda agora precificado e a redução na capacidade de fundição na Europa do material.
Fundos Imobiliários que mais caíram e subiram
Campus Faria Lima (FCFL11), -4,43%;
Riza Arctium Real Estate (ARCT11), -1,94%;
REC Renda Imobiliária (RECT11), -1,51%;
BTG Pactual Fundo de CRI (FEXC11), -1,37%;
CSHG Logística (HGLG11), -1,06%.
Bluemacaw Renda+ FOF (BLMR11), +3,43%;
RBR Properties (RBRP11), +2,93%;
Vinci Logística (VILG11), +2,24%;
Pátria Logística (PATL11), +2,07%;
Brasil Plural (BPFF11), +1,88%.
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