Canetada de Gilmar Mendes ajuda na alta do dólar. O dólar (USDBLR) subiu frente ao real nesta segunda-feira, após a decisão do ministro do STF Gilmar Mendes de conceder liminar que retira o Bolsa Família da regra do teto de gastos, com investidores tentando entender como a medida afeta a tramitação da PEC da Transição na Câmara dos Deputados.
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A moeda norte-americana à vista subiu 0,34%, a 5,3103 reais na venda. Na B3 (B3SA3), onde os negócios vão além das 17h (de Brasília) o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,19%, a 5,3215 reais.
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Gilmar Mendes concedeu na noite de domingo liminar que retira da regra do teto de gastos os recursos para o pagamento do Bolsa Família de 600 reais no ano que vem e permite que o governo federal utilize um crédito suplementar para pagar o benefício. O que foi concedido por Mendes já era ponto de concordância entre os parlamentares, outros pontos da PEC é que são o problema. Mesmos assim, a atitude de Gilmar Mendes fez com que os presidentes da Câmara e do Senado ficassem desmoralizados.
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A decisão de Mendes atropelou às negociações na Câmara dos Deputados sobre a PEC da Transição, que busca retirar da regra do teto de gastos recursos para o cumprimento de promessas de campanha feitas pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, entre eles a manutenção do benefício social de 600 reais.
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A atitude de Mendes foi considerada o último passo para a implantação de uma ditadura no país. Foi comparada ao que ocorreu em 2017 na Venezuela, quando a suprema corte do país dissolveu o congresso e começou a governar com o ditador Maduro, amigo de Lula, que lá está até o momento.
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