Prates terá de explicar sua ligação com empresas de consultoria de Petróleo para a diretoria da Petrobras. Anunciado como futuro presidente da Petrobras, o ex-senador Jean Paul Prates tem de driblar mais do que Lei das Estatais para assumir o cargo. Prates é sócio de diversas empresas do setor de consultoria de óleo e gás, mesmo ramo da estatal.
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O nome de Prates não aparece diretamente no contrato social, mas por meio de holdings que pertencem a ele e são sócias das empresas.
É o caso da Expetro Consultoria em Recursos Naturais LTDA. O único sócio pessoa física é Gustavo José dos Santos Frickmann, citado como administrador. Outras duas empresas participam da sociedade, a Singleton Participacoes Imobiliarias Ltda e a Atma – Sociedade Gestora De Participacoes Sociais Ltda. Ambas pertencem a Prates.
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A situação é similar à que viveu Adriano Pires. Indicado por Jair Bolsonaro em abril para comandar a Petrobras, ele desistiu do posto por ser sócio do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), consultoria que atua no ramo de energia, no qual a Petrobras atua.
Prates não esconde sua proximidade com a Expetro. Em seu perfil no LinkedIn consta que ele é líder do conselho da empresa há 11 anos e 11 meses. Ele afirma que já atuou diretamente com mais de 50 companhias interessadas em ingressar no mercado brasileiro de petróleo.
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Assim como nas outras empresas, o senador não é o único dono da Praxis: divide as tarefas com o empresário Sérgio Caetano Leite, que consta como sócio-administrador. Leite, que foi um dos subsecretários do Consórcio do Nordeste durante a crise da fraude dos respiradores, também é sócio de Prates na Singleton e na Atma.
O empresário Leite também foi dono de outras três empresas: a Nova Combustível, ERN Empresa de Recursos Naturais e a Kbizz – esta última tem ligação com Prates via Atma. Todas fecharam as portas, sendo que as duas últimas por omissão de declarações ao fisco.
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Mas a falta de prestação de contas à Receita Federal não é exclusividade de Leite. Prates passou pelo mesmo problema do sócio com uma de suas empresas. A Carcará Petróleo Ltda fechou as portas, ao menos legalmente, por omissão de declarações à Receita Federal.
A situação é similar à que viveu Adriano Pires. Indicado por Jair Bolsonaro em abril para comandar a Petrobras, ele desistiu do posto por ser sócio do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), consultoria que atua no ramo de energia, no qual a Petrobras atua.
Prates não esconde sua proximidade com a Expetro. Em seu perfil no LinkedIn consta que ele é líder do conselho da empresa há 11 anos e 11 meses. Ele afirma que já atuou diretamente com mais de 50 companhias interessadas em ingressar no mercado brasileiro de petróleo.
Uma empresa que não consta nas redes sociais de Prates é a sujar o nome da ex-presidente Dilma Rousseff e do ex-governador Fernando Pimentel,: ele é sócio dela por meio da Singleton. Aberta em 2009, a Bioconsultants atende pelo nome fantasia de CRN-Bio e o sócio o coordenador de desenvolvimento energético da Secretaria de Desenvolvimento do Rio Grande do Norte, Hugo Alexandre Meneses Fonseca.
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O site oficial detalha que a CRN-Bio firmou contrato com várias empresas do setor energético. No perfil de Fonseca consta que ele deixou o cargo de CEO da CRN-Bio em 2005, embora ainda conste como um dos donos.
Uma terceira empresa ligada a Prates é a Praxis Brasil Consultoria de Investimentos Ltda – que, segundo a Receita Federal, atua com gestão empresarial e imobiliária. O senador participa da companhia por meio da Atma, que está ativa, mas não tem site.
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Procurado, o senador respondeu que já se desligou das empresas citadas, nos casos em que ainda estão ativas, embora isso não conste nos dados da Receita Federal. Também informou que o uso de holdings para administrá-las teve como objetivo facilitar a saída da administração, se isso fosse necessário.
O senador disse que a decisão de criar as holdings foi tomada a partir da sugestão de contadores, já que ele precisou se desincompatibilizar das funções das empresas nos períodos em que foi secretário de estado no Rio Grande do Norte.
Prates também protegeu Dilma no desastre de Brumadinho
Em 2019 após cinco dias de trabalho como senador, o petista Jean-Paul Prates, conhecido por ser um profissional de altíssimo gabarito, já protagonizou o segundo papel de vergonha no Senado Federal.
A vergonha do dia foi recuar na assinatura para abertura da CPI de Brumadinho seguindo orientação do partido, que não quer ver a possibilidade de sujar o nome da ex-presidente Dilma Rousseff e do ex-governador Fernando Pimentel, ambos do PT. Jean Paul Prates chegou a assinar o documento, mas acabou recuando e pediu para não ter mais seu nome na lista. O assunto, inclusive, foi assunto nacional publicado n’O Antagonista.
O primeiro dos papelões foi ao vivo, para todo o Brasil, ainda na sessão que elegeu o novo presidente do Senado Federal, quando Jean-Paul instigou o então presidente do Senado, senador José Maranhão, a destruir as provas da eleição fraudulenta dificultando possíveis investigações.
No entendimento dele, expressado por meio de nota, destruir cédulas de votação fraudulenta, ou seja, as provas, era a única maneira de garantir a inviolabilidade dos votos.