Prerrogativa de ditadura são os presos políticos, Brasil tem mais de 7 atualmente

tse ministro das comunicações FINANCIADORA DO PT para censura
Patrocinado

Prerrogativa de ditadura são os presos políticos, Brasil tem mais de 7 atualmente. A Constituição brasileira protege a liberdade política através de vários dispositivos. Por exemplo, no artigo 5º ela diz que é inviolável a liberdade de consciência. Consciência não é só a crença religiosa, mas a crença em qualquer valor, inclusive políticos, doutrinários e filosóficos. E ela protege não só nosso direito de consciência, mas também o direito de nos exprimirmos sobre esses valores, ao dizer que “é livre a manifestação de pensamento”.

LEIA MAIS: Democracia no Brasil em risco com Lula e STF, alerta Wall Street Journal

Em seu primeiro artigo a Constituição diz que um dos cinco valores fundamentais de nossa República é a pluralidade política. No artigo 4o, ela diz que em nossas relações internacionais, um de nossos princípios é a concessão de asilo internacional. Asilo é concedido especialmente para perseguidos políticos (e não para meros políticos perseguidos). No artigo 5º, ela diz que “não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião”.

MAIS INFORMAÇÂO: Brasileiros se mobilizam pela democracia e transparência em todo país

E assim vai. Há inúmeros outros dispositivos na Constituição protegem nossa liberdade política. Logo, não pode haver preso político no Brasil. Afinal o Brasil é um país democrático. Então no Brasil, aquele que questiona e protesta contra atos da esquerda ou da suprema corte é preso, assim tornando-se um preso político.

Entretanto, atualmente existe no país Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal, STF, que está colecionando presos políticos. Moraes deu início à sua caça a “propagadores de fake news e atos antidemocráticos” em 2019. Desde então, 18 pessoas foram colocadas atrás das grades. Hoje, são sete os presos políticos brasileiros: Milton Baldin, empresário; Cacique Tserere; pastor Fabiano Oliveira; Armandinho Fontoura, vereador de Vitória (Podemos); Jackson Rangel, jornalista e dono do site Folha do ES; além dos deputados estaduais pelo Espírito Santo, Capitão Assumção (PL) e Carlos Von (DC). Não vamos tratar aqui dos casos do deputado federal Daniel Silveira e do jornalista Alan dos Santos, mas são também extremamente graves. Inclusive no caso de Alan dos Santos, Moraes ordenou a cassação do passaporte do jornalista que está foragido no exterior.

VEJA AINDA: Mandado de Segurança para suspender a posse de Lula

Baldin foi o primeiro a ser preso, em 6 de dezembro, quando participava da manifestação em frente ao quartel do Exército em Brasília. Antes da prisão, Baldin gravou um vídeo convocando os caçadores, atiradores esportivos e colecionadores de armas (CACs) para se juntarem aos manifestantes.

LEIA TAMBÉM: Moraes denunciado mais de uma vez em Cortes Internacionais de direitos humanos é premiado pela ISTOÉ

Tserere Xavante, preso em 12 do mesmo mês, foi acusado de “condutas ilícitas em atos antidemocráticos”. O líder indígena usou as redes socias para fazer críticas a Moraes. Além disso, já publicou vídeos questionando a segurança do pleito de 2022, dizendo que “Lula não foi eleito”.

Já o pastor Fabiano ficou foragido por cinco dias antes de ser detido pela PF. Ele foi preso na segunda-feira 19. Integrante do grupo “Soberanos da Pátria”, Fabiano foi acusado de atacar o “Estado Democrático de Direito”.

O vereador Armandinho Fontoura foi preso numa megaoperação da PF, deflagrada em 15 de dezembro, ao ser investigado por “ataques verbais ao STF” e por fazer parte de “milícias digitais”. Armandinho criticou ministros do STF nas redes sociais e pediu que fosse colocado “limite nesses bandidos togados”. Também disse que haveria “enfrentamento constitucional”.

VOCÊ SABIA? Lula afirma que quer “derrotar ao menos metade do povo brasileiro”

Preso na mesma operação que Armandinho Fontoura, Jackson Rangel tem, segundo Moraes, “um extenso histórico de abusos no exercício da liberdade de imprensa e de expressão, como ataques a diversas outras instituições”.

MAIS INFORMAÇÃO: Bolsa brasileira termina 2022 em queda no último pregão

Hoje em prisão domiciliar, com uso de tornozeleira eletrônica, Capitão Assumção e Carlos Von estão impedidos de usar as redes sociais e conceder entrevistas ou dar declarações. Capitão Assumção é alvo do inquérito das fake news, que investiga a divulgação de supostas notícias falsas, e Von é acusado de “atos antidemocráticos e de usar as redes sociais para se manifestar contra a democracia”.

E ainda, na segunda-feira, 26, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou a prisão do jornalista investigativo Oswaldo Eustáquio e de Bismark Fugazza, humorista do Canal Hipócritas, por “atos antidemocráticos”, Atualmente, existem sete pessoas presas por ordem de Moraes.

LEIA MAIS: Inflação do Brasil é menor que dos EUA pela primeira vez na história

Eustáquio e Bismark são acusados de incentivar protestos contra a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições deste ano. A decisão de Moraes foi decretada na semana passada, quando a Polícia Federal começou a procurar a dupla. Contudo, Eustáquio na mesma semana fez diversas denuncias relacionadas a Moraes. Em uma delas noticiada pelo Portal Investidores Brasil, a esposa de Moraes é sócia de Gabriel Chalita o principal articulador da Chapa Lula Alckmin, a qual Moraes como presidente do Tribunal Superior Eleitoral, deu vitória nas eleições de outubro.

Até o fim deste conteúdo o número de presos já aumentou, foram expedidos mais 32 mandados de prisão por Alexandre de Moraes. As razão são sempre as mesmas, por se manifestar, entretanto, se a manifestação for de questionamento sobre o processo eleitoral, ou os atos da Suprema Corte, será considerado crime.