Haddad negocia moeda única com Argentina e destruição do Real. O principal escudeiro de Lula, só nos brinda com frases evasivas e confusas, que em nada colaboram para um clima de segurança sobre o futuro econômico do pais.
A última sinalização, desastrosa, pronunciada na terça-feira (3), se deu durante o encontro do ministro com o embaixador da Argentina no Brasil, Daniel Scioli. Eles simplesmente tornaram pública a intenção de criar uma moeda comum para o Mercosul. É isso mesmo: somos obrigados a imaginar uma fusão entre o real, os pesos e os bolívares.
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Parece um pesadelo ou delírio, que não guarda nenhuma semelhança com o esforço dos países europeus na criação do euro, implantado em 1999 após décadas de preparativos e extensas negociações. A comparação, portanto, é esdrúxula, pelas caraterísticas das fortes economias envolvidas entre países de economia minimamente parelha e expressiva estabilidade fiscal e monetária.
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Como é possível sugerir a ideia de moeda única entre economias tão díspares, para não dizer caóticas, repletas de incongruências de PIB, renda per capita, índices de inflação, desigualdades sociais e governança fiscal? Da Argentina, com sua inflação descontrolada e crises cíclicas, nem se fala.
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É uma ideia tão esdrúxula quanto impossível de pôr em prática. Mas essa proposta, por si só, ainda no terceiro dia de governo, parece uma ameaça, mais que um deboche com nossa inteligência.
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Principalmente após o Real ser a moeda mais forte ao fim de 2022 em comparação a seus pares. E o Brasil em 2022 terminar pela primeira vez na história com inflação bastante inferior aos Estados Unidos.
Disseram Haddad e Scioli que a intenção é fortalecer o Mercosul e seus países. Quase dá preguiça, mas é preciso deixar bem claro: esse projeto tem tanta chance de vingar quanto a picanha com cerveja na mesa de todo brasileiro.
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