Lucro da Petrobras tem queda de quase 15% no trimestre. A Petrobras (PETR4) encerrou o primeiro trimestre de 2023 (1T23) com um lucro líquido de R$ 38,1 bilhões, de acordo com os dados divulgados nesta quinta (11). O número é 14,4% menor do que o registrado no 1T22, mas veio acima das projeções do mercado.
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Veja os principais números do balanço da Petrobras no 1T23:
Receita de vendas da Petrobras: R$ 139.068 bilhões, queda de 1,8% ante 1T22;
Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado: R$ 72.497 bilhões, queda de 6,7% ante 1T22;
Lucro líquido da Petrobras: R$ 38.156 bilhões, queda de 14,4% ante 1T22.
O Consenso Bloomberg trabalhava com um lucro líquido de R$ 27,9 bilhões. O Goldman Sachs tinha a estimativa de um lucro líquido de R$ 25,5 bilhões. Enquanto isso, bancos como o Itaú BBA e o BTG Pactual eram mais otimistas, com projeções nas casas de R$ 30,1 bilhões e R$ 37,1 bilhões.
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Segundo a empresa, a relação endividamento líquido/Ebitda ajustado chegou a 0,58x, melhor marca desde 2010. Esse é o primeiro resultado da empresa sob a gestão de Jean Paul Prates, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para comandar a petroleira.
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No documento disponibilizado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o líder da companhia afirmou que está trabalhando por uma Petrobras “mais eficiente, saudável financeiramente e inclusiva, em que as pessoas estão no foco das decisões e no topo das prioridades”. Além de destacar os resultados da empresa no 1T23, Prates adiantou alguns dos seus próximos movimentos na petroleira.
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“Também estamos avaliando a criação de grupos de trabalho com outras empresas para buscar oportunidades de negócios no Brasil e no exterior. Constituímos uma comissão mista com o BNDES para desenvolvimento conjunto de projetos em prol da transição energética, indústria nacional, e fomento à pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica”, escreveu o presidente da Petrobras.
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Dívida bruta da Petrobras
A dívida bruta da Petrobras alcançou US$ 53,3 bilhões no primeiro trimestre de 2023, o menor nível desde 2010. Houve queda de 0,8% em relação a igual período do ano passado.
O prazo médio da dívida ficou em 12 anos e o custo médio foi de 6,5%, ambos em linha com aqueles registrados em 31/12/2022. A relação entre endividamento líquido e o Ebitda ajustado foi de 0,58x, também a melhor marca desde 2010.
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“O atual nível do endividamento bruto, a elevada geração de caixa e a sólida liquidez permitiram à companhia aprovar um pagamento de remuneração ao acionista no montante de R$ 1,89 por ação ordinária e preferencial, de acordo com sua política de remuneração aos acionistas”, disse a empresa no relatório trimestral, referindo-se à distribuição de R$ 24,7 bilhões de proventos aos acionistas referente ao primeiro trimestre do ano.