Patrocinado

Em notas e informações desta quinta-feira, 29, O Estadão afirmou que “o presidente Lula da Silva, há alguns dias, comparou a ação militar de Israel contra o Hamas em Gaza ao genocídio dos judeus pelos nazistas na 2.ª Guerra. Ao fazê-lo, ofendeu a memória das vítimas do Holocausto, os descendentes dessas vítimas e todos os cidadãos brasileiros – judeus ou não – dotados de senso de justiça, firmeza moral e compaixão. Em vez de pedir desculpas por tamanho ultraje, Lula, o irredutível, partiu para nova ofensa, desta vez também à inteligência alheia.

LEIA: Empresa de irmãos Batista é processada nos EUA por “falso marketing ambiental”

Para o periódico, Lula sabe muito bem o que foi o Holocausto. Sabia exatamente a reação que pretendia causar quando disse que a campanha militar de Israel contra o Hamas equivalia à resolução de Hitler de “matar os judeus”. Estamos diante, portanto, de pura má-fé. Seja por cacoete ideológico, seja porque se considera incapaz de errar, Lula preferiu se aferrar à infâmia e, por que não?, ampliá-la.

SAIBA: Manifestação em apoio a Bolsonaro reúne mais de 750 mil pessoas segundo SSP

Acesse as notícias que enriquecem seu dia em tempo real, do mercado econômico e de investimentos aos temas relevantes do Brasil e do mundo pelo telegram Clique aqui. Se preferir siga-nos no Google News: Clique aqui. Acompanhe-nos pelo Canal do Whastapp. Clique aqui.

Havia formas dignas de o presidente brasileiro sustentar críticas legítimas à condução da guerra contra o Hamas por Israel – que decerto contém atos que podem ser classificados como crimes de guerra – sem afrontar a História nem ofender milhões de cidadãos mundo afora. Mas Lula é caso perdido. Resta evidente que o demiurgo petista só se interessa pelo que acontece em Gaza na exata medida do seu objetivo de bancar o guia genial do tal “Sul Global” contra os “imperialistas” americanos e seus satélites, particularmente Israel. Para Lula, os fatos – bem como a História – são irrelevantes.

AINDA: Governo articula mudança na Petrobras e ações brasileiras afundam

Mas não ficou só nisso. Lula considera que o que ocorre na Faixa de Gaza não é “uma guerra de um exército altamente preparado contra outro exército altamente preparado”, e sim, “na verdade, uma guerra de um exército altamente preparado contra mulheres e crianças”. Trata-se de uma evidente tentativa de ilustrar o tal “genocídio” de que o petista acusa Israel. Ora, o Exército de Israel trava uma guerra contra um inimigo feroz que tem como objetivo declarado a aniquilação dos judeus, que atacou covardemente civis israelenses e que usa palestinos inocentes como escudos humanos. Lula, contudo, escolheu ignorar a natureza terrorista e genocida do Hamas e condenar o país agredido, atribuindo a Israel – fundado como uma forma de dar segurança aos judeus, que estiveram à beira da extinção com o Holocausto – um crime semelhante justamente ao cometido contra os judeus por Hitler. Não foi à toa que o Hamas agradeceu a Lula por suas palavras.

LEIA: PF interroga jornalista português em aeroporto sobre STF e vacina. Caso ganha repercussão internacional

No limite, é compreensível que a grosseria do governo israelense ao responder ao presidente brasileiro dificulte um pedido formal de desculpas. Mas, como chefe de Estado, como a voz do povo brasileiro que se faz ouvir entre a comunidade das nações, a Lula se impõe alguma retratação – mesmo como um simples gesto político, como um sinal de respeito, para o Brasil e para o mundo, aos valores universais sobre os quais foi erigida esta República. Infelizmente, ao que tudo indica, não vai acontecer.

Receba conteúdo exclusivo sobre os temas de seu interesse! Confirme em sua caixa de e-mail sua inscrição para não perder nada