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Desde que foi eleito, Luiz Inácio Lula da Silva não poupou críticas à política de preços da Petrobras (PETR4) e ao pagamento de dividendos aos acionistas. Além do presidente, quadros importantes do PT também demonstraram insatisfação com a estatal.

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Logo que assumiu o comando da petroleira, Jean Paul Prates, indicado por Lula desrespeitando a lei das estatais, declarou que o Preço de Paridade Internacional (PPI) deixaria de ser o único parâmetro para a Petrobras na definição de preços. Logo depois veio a mudança no estatuto da empresa.

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Não demorou muito para que essas sinalizações ascendessem no mercado temores de que a empresa poderia sofrer um novo período de maior interferência na gestão, e até mesmo voltasse a dar prejuízo, como ocorreu nos governos petistas anteriores.

Porém, Lula já está buscando interferência no mercado de capitais como um todo e não apenas na Petrobras. Mais recentemente, esse assunto ganhou força com a notícia de que o governo Lula teria tentado emplacar o ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, na Vale (VALE3).

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A pressão sobre a mineradora chegou ao ápice com o ministro Alexandre Silveira, de Minas e Energia, telefonando para conselheiros a fim de defender o nome do ex-ministro, segundo fontes próximas do assunto.

O governo, no entanto, acabou recuando e desistindo de tentar emplacar Mantega no cargo de CEO da mineradora.

Só que no mesmo dia, o Ministério dos Transportes notificou a Vale de uma cobrança de R$ 25,7 bilhões em concessões renovadas. Mais do que isso, Lula em seus discursos faz, críticas e ameaças a Vale. O fato levou a empresa a adiar a indicação do CEO que deveria ter sido concluída na última sexta-feira. Isto porque, Lula não desistiu de colocar os seus na mineradora e já articulou um novo jeito e novos nomes.

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 interferência de Lula na Petrobras vem aí?

Na sexta-feira (9), os sinais de uma possível interferência do governo Lula na Petrobras voltaram a acender. 

Em esclarecimentos à Comissão de Valores Mobiliários, a estatal confirmou que recebeu indicações do Ministério de Minas e Energia (MME) para a eleição do conselho de administração — a votação deve acontecer durante a assembleia que será realizada em abril. 

No documento à CVM, a Petrobras explica, contudo, que as indicações serão submetidas às avaliações de governança aplicáveis. È importante lembrar que a maior parte dos membros da CVM são indicados por Lula.

Nelas estão os procedimentos internos da companhia, observada a Política de Indicação de Membros da Alta Administração, para a análise dos requisitos legais e de gestão e integridade e, em seguida, manifestações do Comitê de Pessoas e do Conselho de Administração.

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Quem Lula quer colocar na Petrobras

Fontes ouvidas pelo Broadcast indicaram que a Petrobras recebeu do MME a segunda lista com indicações para o conselho de administração da companhia.

Na primeira lista, devolvida para o MME em janeiro, constava o nome de Efrain Cruz, demitido da pasta, e substituído interinamente no conselho da empresa pelo advogado Renato Galuppo, que foi incluído na nova lista.

Além de Galuppo, o Broadcast diz que o MME quer reconduzir ao cargo o presidente do Conselho da estatal, Pietro Mendes; Jean Paul Prates; Vitor Saback; Bruno Moretti; e Sergio Rezende.

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Ao contrário do ano passado, quando a lista criou mal-estar entre o ministro do MME, Alexandre Silveira, e o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, desta vez, segundo fontes, a eleição dos conselheiros não deve gerar polêmicas. 

Prates teria deixado as indicações a cargo do governo, controlador majoritário da estatal, ainda de acordo com o Broadcast.

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