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Ações perderam até para poupança em outubro

Outubro terminou deixando um gosto amargo para os investidores de renda variável, que andam descontentes no mercado financeiro, em especial entre os ativos de risco. Levantamento feito pelo consultor independente Einar Rivero mostra que os principais índices de ações listados na B3 (Ibovespa, IDIV, BDRX e Small Caps) tiveram um resultado negativo em outubro.

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O desempenho foi tão ruim que não foi capaz de superar o rendimento da poupança, positivo em “apenas” 0,6%. Mais que isso, a caderneta ganha dos índices acionários genuinamente brasileiros também no acumulado do ano e em 12 meses. A exceção nos períodos fica com o BDRX, composto por recibos de ações de empresas estrangeiras.

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Fato é que o mercado acionário doméstico patina desde a virada do segundo semestre de 2023. O Ibovespa, índice referencial da bolsa brasileira, alternou altas e baixas mensais desde então, depois de ter decolado 9% só em junho. 

De lá para cá, os tombos foram maiores que as subidas. Para se ter uma ideia da queda livre, o Ibovespa alcançou em julho o nível mais alto desde 2021 e, então, amargou uma série inédita de 13 baixas seguidas em agosto, depois ficando praticamente no zero a zero em setembro. Em outubro, caiu 2,94%. 

O mês do Halloween chegou ao fim. Mas não é de agora que as bruxas andam às soltas no mercado financeiro, em especial entre os ativos de risco. Os principais índices de ações listados na B3 (Ibovespa, IDIV, BDRX e Small Caps) tiveram um resultado negativo em outubro.

O desempenho foi tão ruim que não foi capaz de superar o rendimento da poupança, positivo em “apenas” 0,6%. Mais que isso, a caderneta ganha dos índices acionários genuinamente brasileiros também no acumulado do ano e em 12 meses. A exceção nos períodos fica com o BDRX, composto por recibos de ações de empresas estrangeiras.

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Fato é que o mercado acionário doméstico patina desde a virada do segundo semestre de 2023. O Ibovespa, índice referencial da bolsa brasileira, alternou altas e baixas mensais desde então, depois de ter decolado 9% só em junho.

De lá para cá, os tombos foram maiores que as subidas. Para se ter uma ideia da queda livre, o Ibovespa alcançou em julho o nível mais alto desde 2021 e, então, amargou uma série inédita de 13 baixas seguidas em agosto, depois ficando praticamente no zero a zero em setembro. Em outubro, caiu 2,94%.

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Porém, essa má performance não foi uma exclusividade das ações mais líquidas listadas no principal índice à vista da B3. Ao contrário, o índice que representa as empresas de pequena capitalização (small caps) ficou na lanterna no mês passado, com queda de 7,4%.

Nem mesmo o índice formado pelas “queridinhas” dos investidores, por serem boas pagadoras de dividendos, conseguiu fechar no azul. Em outubro, o IDIV aponta perdas 3,15% em termos de proventos aos acionistas.


Mas, afinal, o que aconteceu no mês passado para mergulhar todos os índices de ações no vermelho?

Outubro começou com a sensação de déjà vu, depois de os mercados globais terem encerrado o terceiro trimestre deste ano com o foco voltado à escalada no rendimento (yield) dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos, principalmente os de longo prazo. As chamadas Treasuries alcançaram os níveis mais altos desde antes da crise de 2008.

“A incansável alta dos juros longos dos EUA foi extremamente violenta nos mercados”, lembra o estrategista-chefe da Guide Investimentos, Alex Lima. Para ele, o movimento foi impulsionado pela disparada nos preços do petróleo, com o barril do tipo Brent batendo a máxima do ano em meados de setembro.

Essa elevação dos juros longos americanos ocorreu porque o Federal Reserve não deve cortar os juros tão cedo. O movimento das Treasuries reforçou, portanto, a premissa de juros mais altos por mais tempo não só nos EUA, mas também nas principais economias desenvolvidas, como na zona do euro e no Reino Unido.


Como se não bastasse esse ambiente financeiro mais adverso, o ataque terrorista do Hamas contra Israel no início de outubro inibiu qualquer tentativa mais firme de correção da onda vendedora (sell-off). Assim, houve certa volatilidade no decorrer do mês, com alívios pontuais nos negócios, vindos principalmente da temporada de balanços.

O estrategista da Guide lembra que, inicialmente, o impacto do conflito na região nos mercados globais ainda era incerto. Porém, o risco de escalada da tensão geopolítica e uma eventual guerra para outros países no Oriente Médio foi a pá de cal para uma recuperação dos ativos de risco.

Cautela interna

Além dos fatores externos, a bolsa brasileira também foi influenciada por questões locais. “Internamente, surgiram preocupações sobre a viabilidade da meta fiscal para o próximo ano. Isso contribuiu para novas quedas nos ativos de risco”, ressalta a analista da Nova Futura Investimentos, Bruna Sene.

Ela se refere à declaração feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que o déficit das contas públicas em 2024 não precisa ser zero. A fala azedou o apetite dos investidores na reta final do mês, deixando dúvidas quanto ao cardápio dos ativos a serem escolhidos para o último bimestre de 2023. 

Para Sene, a recomendação é variar as opções. “O cenário interno e externo seguem sugerindo cautela para o investidor e a diversificação é sempre o melhor caminho”, resume a analista da Nova Futura.

Ou seja, o aumento nos ruídos políticos vindos de Brasília, somado ao ambiente externo de alta dos juros globais, tende a manter o viés conservador. “Nem mesmo a inflação doméstica baixa e a continuidade dos cortes na taxa Selic são motivos suficientes para justificar uma alocação mais arrojada”, avalia.

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