O governo acredita que o escrutínio do ministro da Justiça, Flávio Dino, nesta semana servirá muito mais para medir a força de Davi Alcolumbre (União-AP) do que como um termômetro da base do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Senado.
Presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) fez um esforço concentrado, nos últimos dias, para ajudar Flávio Dino a aprovar na Casa sua indicação ao STF.
Diferentemente de outros colegas senadores, Alcolumbre decidiu não ir para a COP28 em Dubai, na semana passada, nem viajar ao Amapá, seu reduto eleitoral, no fim de semana, apesar de ter compromissos no estado.
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Segundo auxiliares, o presidente da CCJ optou por ficar em Brasília nos últimos dias para conversar com outros senadores, em busca de votos para aprovar a indicação de Dino tanto na comissão, quanto no plenário.
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A manobra Alcolumbre de cargos diferentes e sabatina simultânea
A sabatina de Dino na CCJ está marcada para a quarta-feira (13/12). Para ajudá-lo, Alcolumbre decidiu fazê-la de forma simultânea à sabatina do subprocurador Paulo Gonet, indicado de Lula para a PGR.
A ideia do presidente da CCJ é que Dino e Gonet sentem-se juntos na mesa principal da comissão. As perguntas serão feitas pelos senadores e respondidas pelos indicados ao STF e PGR em blocos. Nunca foi realizada uma sabatina de dois cargos distintos ao mesmo tempo no senado. Alcolumbre está arriscando seu eleitorado nesta manobra para ajudar Dino, basta saber se os demais senadores também irão fazer o mesmo com seus eleitores.