Americanas tem rating rebaixado pela Fitch

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Americana tem rating rebaixado pela Fitch. A Americanas (AMER3) teve o rating rebaixado pela Fitch em moeda estrangeira e local de BB para CC, mostra documento enviado ao mercado nesta sexta-feira (13).

Além disso, a S&P também rebaixou o rating da empresa. De acordo com a Fitch, os passivos adicionais em uma base pró-forma aumentariam a relação dívida líquida ajustada/Etida da Americanas para 11,9x contra 5,5x calculado anteriormente.

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“A Fitch acredita que é provável que a Americanas entre em um acordo de standstill com seus credores, dada a estrutura de capital insustentável que existe agora e os danos à reputação ocorridos”, coloca.

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O que é acordo Standstill?

O termo standstill (ou “stand still”), no inglês, remete a permanecer no estado atual, não mudar a situação, aguardar, aquietar. Esse significado é levado à prática no acordo standstill, que consiste em uma convenção formal que visa aumentar as chances de credores receberem o que lhes é de direito quando o devedor passa por dificuldades.

Percebendo o risco de inadimplência de um devedor em comum, o grupo de credores se reúne em um contrato. Fica, então, estabelecido que nenhuma das empresas agirá individualmente em cobrança por determinado período. Enquanto isso, o devedor pode se organizar e apresentar um plano de ação para remediar a situação e negociar valores e prazos.

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No acordo standstill ideal, todos os credores participam, de forma que não haja risco de cobranças feitas por fora, o que prejudicaria aqueles que concordaram com o tempo de espera.

Pensando nas facilidades que o standstill proporciona, Carlos Tacinari, sócio-diretor de Gestão e Finanças da BLB Brasil Auditores e Consultores, afirma que “Esse tipo de acordo vem crescendo entre os credores, em especial grandes bancos, que buscam riscos reduzidos de calote e uma opção mais vantajosa que lançar mão de batalhas judiciais.”

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Esse é mais um capitulo das inconsistências anunciadas na quarta. Após o episódio, inúmeras casas de análises, bancos e corretoras cortaram a recomendação da companhia ou deixaram sobre revisão.

BTG Pactual, Morgan Stanley, Safra, Itaú BBA e Bradesco BBI colocaram as ações em revisão, com todos citando a falta de mais informações sobre o episódio.

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O Morgan Stanley fala de “visibilidade limitada”, mesmo depois da reunião com a companhia e com os esclarecimentos dados, faltam detalhes do impacto financeiro nos números da companhia, que só devem ser publicados depois do processo de auditoria.

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