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Após manobras Pacheco vence eleição para presidência do Senado. Veja como votaram os senadores

rodrigo pacheco TRAIDOR

Após manobras Pacheco vence eleição para presidência do Senado. Veja como votaram os senadores. O senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) conquistou 49 dos 81 votos no Senado nesta quarta-feira (1º) e foi reeleito para mais 2 anos na presidência da Casa. Com 32 votos, o ex-ministro Rogério Marinho (PL-RN) sai da disputa como o principal nome da oposição ao governo Lula no Congresso.

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Diante do fortalecimento da candidatura de oposição ao governo na reta final, o Palácio do Planalto fez ‘maracutaias’ nunca vistas antes: o governo ofereceu cargos para quem votasse em Pacheco, além da pressão por telefone feita por ministros do STF a senadores para que votassem em Rodrigo Pacheco. Lula também liberou ministros para se afastarem do Executivo para tomar posse como senadores e votar em Pacheco, isso, que nunca ocorreu antes, fez toda diferença.

Com a reeleição de Pacheco, o presidente Luiz Lula da Silva (PT) contará com um aliado para fazer avançar todas as suas pautas no Senado, com destaque para propostas na área econômica, como a reforma tributária prometida pelo ministro Fernando Haddad (Fazenda) além de todos os projetos ideológicos petistas.

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O mineiro já havia colaborado durante a transição de governo, em dezembro de 2022, para aprovar a PEC (proposta de emenda à Constituição) fura-teto (PEC DO ROMBO), garantiu o Bolsa Família de R$ 600 por mais um ano e vai custar R$ 175 bilhões a mais aos cofres públicos.

Marinho, por sua vez, tende a “perder ganhando”. Ao receber 32 votos para a presidência do Senado poucas horas depois de tomar posse para seu 1º mandato na Casa, o ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL) se fortalece como um líder natural da oposição a Lula no Congresso e da direita como um todo.

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Uma das maiores preocupações dos governistas é com a possibilidade de Marinho usar seu estoque de votos para articular a criação de CPIs (Comissões Parlamentares de Inquérito) que causem desgaste para Lula, como a CPI dos atos em Brasília que Lula não quer que ocorra de jeito nenhum.

O voto foi secreto, porém as divulgações ajudam na contabilização

À véspera da disputa, ambos os candidatos apostaram em declarações públicas de apoio a suas campanhas.

Um almoço em apoio à reeleição de Pacheco contou com a presença dos ministros Camilo Santana (Educação), Renan Filho (Transportes) – senadores eleitos que tomarão posse nesta quarta-feira pelo PT e pelo MDB, respectivamente, e votarão na eleição à presidência – e Alexandre Silveira (Minas e Energia).

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O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, que dias antes ainda exercia mandato de senador pelo PT, também apareceu.

Além de Santana e Renan Filho, os ministros Flávio Dino (Justiça e Segurança Pública), do PSB, e Wellington Dias (Desenvolvimento Social e Combate à Fome), do PT, também deixaram o Executivo por alguns dias para tomar posse no Senado e garantir votos para Pacheco.

O ministro Carlos Fávaro (Agricultura) é senador pelo PSD em meio de mandato e não precisaria ter comparecido à cerimônia de posse, mas foi mais um a afastar-se do ministério para votar no colega de partido para o comando do Senado.

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Além disso, 7 dos 10 senadores do MDB fizeram ato em apoio a Pacheco na véspera. Todos os 4 integrantes da recém-encorpada bancada do PSB assinaram carta respaldando o candidato à reeleição.

Segundo apuração do MBL, partido que se diz contra a esquerda, mas que no governo Bolsonaro simplesmente não se manifestou para apoiar nenhum ato do governo, os senadores que votaram em Pacheco foram:

Jorge Kajuru (Podemos-GO)

Soraya Thronicke

Mara Gabrilli

Efraim Filho

Professora Dorinha

Alexandre Giordano

Mecias de Jesus

Romário

Chico Rodrigues

Marinho, por sua vez, assegurou declarações de voto de Sergio Moro (União Brasil-PR) e de 3 dissidentes do PSD: Lucas Barreto (AP), Nelsinho Trad (MS) e Samuel Araújo (RO) – este último também estava no almoço pró-Pacheco na 3ª.

Também recebeu nos últimos dias o apoio do Izalci Lucas (PSDB-DF) e Marcos do Val.

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O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, apostou alto na campanha de Marinho a costurou um bloco no Senado com o PP do senador Ciro Nogueira (PI) e o Republicanos do deputado Marcos Pereira (SP).

Com a 2ª maior bancada, com 13 integrantes, o PL tem a faca e o queijo na mão para liderar a oposição e manter a bandeira direita hasteada no Senado.

Qual sua opinião? Acredita que os senadores que se comprometeram de fato votaram em Marinho? Quais foram os traidores?

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