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Argentina atrasa pagamento de produção de notas de pesos ao Brasil

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Imagem: Brasil de Fato

Argentina atrasa pagamento de produção de notas de pesos ao Brasil. O governo da Argentina tem atrasado desde o fim do ano passado os pagamentos a Casa Da Moeda do Brasil (CMB) e a fornecedores pela produção de notas de pesos argentinos que foram fabricadas no Brasil. Segundo 3 pessoas com conhecimento do assunto ouvidas pela Bloomberg linea após questionamento da reportagem, a Casa Da Moeda, da Argentina, disse que tem uma situação financeira delicada e que negocia dívidas de 2022 e pagamentos previstos para 2023.

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De acordo com uma dessas pessoas, que prefere não ser identificada porque as discussões são privadas, a falta de pagamento ocorre desde outubro e soma um valor de cerca de 10 milhões de dólares, aproximadamente 52 milhões de reais na cotação atual do dólar à vista. Dessa quantia, cerca de 5 milhões de dólares seria devido à Casa Da Moeda do Brasil e outros 5 milhões de dólares.

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A empresa Blendpaper, que também produz as notas e fornece papel moeda para a Casa da Moeda da Argentina . Em resposta à Bloomberg linea, a Casa Da Moeda da Argentina (CMA) não comentou diretamente os atrasos com o Brasil, mas disse que a nova gestão do órgão trabalha em uma revisão e análise da situação econômico-financeira.

Afirmou também que tem um déficit operacional anual de mais de 11,5 bilhões de pesos aproximadamente, 58 milhões de dólares de acordo com a cotação oficial. E uma dívida com fornecedores estrangeiros de mais de 150 milhões de dólares que está sendo auditada.

Desde o dia 25 de janeiro, a Casa da Moeda da Argentina tem um novo chefe, Ángel Mario Elettore, nomeado pelo ministro da economia, Sérgio massa. Segundo Elettore “como passo fundamental para essa nova etapa, renegociamos com eles as dívidas de 2022 e os adiantamentos de 2023, parcelando tudo até junho”, afirmou a CMA.

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Uma das pessoas ouvidas pela Bloomberg linea disse que os pagamentos eram realizados normalmente desde o início do contrato, em 2020, até outubro de 2022, quando passaram a ocorrer atrasos e a quantia devida se acumulou. Outra pessoa ouvida pela reportagem classificou a situação como algo normal em qualquer relação comercial.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, eleito em outubro e que tomou posse em janeiro, é próximo do líder da Argentina Alberto Fernandes, em janeiro, Lula foi ao país vizinho em sua visita a primeira viagem Internacional como presidente, onde se encontrou com o Fernandes e manifestou apoio a projetos de interesse da Argentina como um possível financiamento do BNDES. A construção de um trecho de um gasoduto para ligar a região produtora, conhecida como vaca muerta.

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A Casa da Moeda do Brasil disse que as informações contratuais são sigilosas e que o acordo com a Casa da Moeda da Argentina se enquadra nas previsões legais que impedem a divulgação de dados sobre atividades empresariais. A empresa Blendpaper informou que não irá se pronunciar. O Ministério da fazenda, a quem a Casa da Moeda do Brasil está subordinado, disse que o vínculo entre a CMB e a Casa da Moeda da Argentina é uma relação comercial e, por isso, não quis se posicionar. O Ministério da fazenda, como o Ministério supervisor, não se envolve nessa relação, afirmou.

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O governo Lula também indicou apoio a um plano para a criação de uma moeda comum entre os 2 países que pudesse ser usada para trocar trocas comerciais, o que seria uma tentativa de reduzir a dependência do dólar e evitar a saída de moeda estrangeira da Argentina.

Acordo para produção de cédulas

Em 2020, a Casa da Moeda Brasileira assinou contrato com a Argentina para a produção de 400 milhões de cédulas de 1000 pesos no fim de 2021. O contrato foi acrescido de novo pedido de 600 milhões de cédulas, também de 1000 pesos.

A Casa Da Moeda do Brasil, por sua vez, contratou a Blendpaper antiga Federer Brasil papéis na produção das cédulas, o contrato mais recente da Casa da Moeda do Brasil com a empresa Brasileira prevê o pagamento de 35,3 milhões de dólares pelo serviço, aproximadamente 184,06 milhões de reais pela cotação atual do dólar. Sendo US$$ 19 milhões para a CMB e US$ 16,28 milhões para a Blendpaper.

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As demonstrações financeiras do quarto trimestre 2022 ainda não foram publicadas pela empresa, que no Brasil é responsável pela produção de moedas, dinheiro em espécie, passaporte, selos, medalhas, entre outros serviços. A Casa da Moeda do Brasil também não respondeu pedido de esclarecimento sobre o assunto.

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