Apesar da dura repressão, centenas de russos participaram no sábado, 17, de manifestações em várias cidades para prestar homenagem a Navalny, que morreu na sexta-feira em uma colônia penal na Sibéria.
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Desde sexta-feira, a polícia russa deteve mais de 350 pessoas que prestavam homenagem ao opositor de Vladimir Putin, segundo a ONG OVD-Info.
A equipe de Navalny afirmou que as autoridades se recusam a devolver o corpo à mãe, argumentando que a causa da morte ainda não havia sido estabelecida.
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“É óbvio que os assassinos querem apagar o rastro. É por isso que não entregam o corpo de Alexei e até o escondem da mãe”, escreveu o grupo de Navalny no Telegram.
O exemplo da morte de Navalny
Alexey Navalny, 47 anos, a figura de oposição mais proeminente na Rússia, morreu enquanto cumpria pena em uma colônia penal russa.
Sua morte adiciona mais um capítulo trágico à longa história de repressão enfrentada pelos críticos de Vladimir Putin, um padrão que tem visto opositores forçados ao exílio, presos, ou em alguns casos, mortos ou envenenados.
Antes de sua prisão, Navalny liderou um movimento oposicionista e foi uma voz crítica contra a administração de Putin, acusando o governo do ditador russo de corrupção generalizada. Em agosto de 2020, ele foi envenenado com Novichok, uma neurotoxina, durante uma viagem à Sibéria, quase perdendo a vida.
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Após se recuperar na Alemanha, seu retorno à Rússia em janeiro de 2021 resultou em prisão imediata.
A morte de Navalny lembra o perigo enfrentado pelos opositores do regime de Putin. Desde a invasão da Ucrânia, a Rússia intensificou seus esforços para erradicar a dissidência, limitando severamente a liberdade de expressão e a atividade política independente.