O Banco do Brasil (BBAS3), reportou nesta quinta-feira lucro líquido ajustado de 9,44 bilhões de reais, alta de 4,8% frente ao mesmo período do ano passado, em resultado marcado por aumento nas provisões para créditos de liquidação duvidosa para 9,983 bilhões de reais.
O resultado ficou acima das previsões compiladas pela LSEG, que apontavam lucro líquido de 9,12 bilhões de reais.
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O número é 11,4% maior que o registrado um ano antes (R$ 32 bilhões) e se aproxima das expectativas do mercado. Analistas consultados pela Bloomberg previam um lucro de R$ 35,22 bilhões.
O crescimento no lucro foi impulsionado pela alta de 27,4% na margem financeira bruta, com maiores volumes e taxas nos empréstimos e receitas de juros dos títulos em tesouraria.
Especialistas dizem que o indicador de inadimplência segue comportado, conforme esperado. Ao fim do quarto trimestre de 2023, o índice de inadimplência INAD+90d (relação entre as operações vencidas há mais de 90 dias e o saldo da carteira de crédito classificada) subiu para 2,92%.
Segundo economistas é possível observar quatro pontos interessantes:
- lucro;
- carteira de crédito;
- despesas; e
- inadimplência.
O lucro de R$ 9,44 bilhões no quarto trimestre do ano passado superou as expectativas do mercado, graças ao aumento do volume e das taxas de empréstimos e receita dos juros em tesouraria.
A carteira de crédito conseguiu crescer em base anual, com ênfase para o avanço do segmento pessoa física. No caso das despesas administrativas, que subiram a R$ 9,3 bilhões, a especialista chama atenção para o impacto advindo com despesas de pessoal.
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Enquanto outras empresas do setor estão reduzindo quadro de funcionários, o banco terminou o ano com mais colaboradores e agências.
Olhando para o conjunto de informações o resultado deve ser lido de uma forma positiva, reforça. Um indicador bastante olhado por investidores, o ROE subiu de 21,6% para 22,5%, colocando o retorno sobre o patrimônio líquido do BB como o maior quando comparados com bancos pares, segundo analistas.
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