Bancos buscam resultado fora do setor financeiro. O beyond banking (além dos bancos, em tradução livre) é um modelo de negócio que vem sendo utilizado pelo segmento financeiro para atrair novos consumidores e para manter os atuais clientes no ecossistema.
As instituições financeiras partem para setores adjacentes, com potencial de retorno, para oferecer serviços e produtos que não necessariamente são financeiros, mas que podem se converter em receita: como o setor imobiliário, agronegócio, saúde, entre outros.
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Na busca por ampliar os resultados, o conceito se aplica a outras indústrias também. Sendo que o movimento de grandes varejistas oferecendo serviços financeiros segue a mesma lógica, com produtos que não são do core principal das respectivas empresas.
Como exemplo podemos citar o Santander oferece um site de busca de imóveis, o Banco do Brasil tem plataforma que vende itens para agricultores e o Inter conta com sistema de atendimento médico que permite ao cliente fazer teleconsultas. O que essas iniciativas têm em comum? São ofertas de serviços e produtos que não fazem parte do ecossistema financeiro, que tradicionalmente é o core dos bancos.
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Desta forma, atualmente o grupo Santander conta com mais de 35 empresas de variados segmentos: meios de pagamentos, construção, veículos, imóveis, entre outros. Uma das apostas é a criação de um ecossistema imobiliário. O banco já oferecia o financiamento imobiliário, que tradicionalmente é um serviço financeiro, mas identificou que boa parte dos clientes tinham dificuldade em encontrar um imóvel adequado às suas necessidades.
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Entretanto, também existem riscos para o negócio. Apesar de o beyond banking permitir a oferta ampliada de produtos, há riscos em operar um segmento que não é o seu principal. Se ao expandir o negócio, a prestação de um serviço for incompleta e inadequada, o cliente tende a se afastar da empresa e de suas iniciativas. Como equilibrar isso?
Partindo desta premissa, uma alternativa para não perder o foco na qualidade é buscar parceiros que tenham a expertise no nicho que a instituição quer atacar.
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Por fim, outro exemplo agora no segmento de saúde, “o Inter quis construir de maneira objetiva uma assistência ao consumidor. No Doutor Inter, o cliente pode fazer consultas médicas instantâneas usando o próprio app do Inter. Pode ser direcionado a especialistas e fazer exames. É uma experiência simples, visando ser sustentável e manter um relacionamento de longo prazo com o cliente”, afirmou Ray Chalub, COO do Inter.
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