Bandeira tarifária de energia segue verde em dezembro. Enquanto Europa tem dificuldade para pagar a conta

Bandeira tarifária de energia segue verde em dezembro. Enquanto Europa
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Bandeira tarifária de energia segue verde em dezembro. Enquanto Europa tem dificuldade para pagar a conta de energia. Nesta sexta-feira (25), a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou a manutenção da bandeira tarifária verde no mês de dezembro para as contas de luz dos consumidores conectados ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Em razão disso, não haverá cobrança extra na conta de luz pelo oitavo mês seguido.

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A justificativa da agência é que as condições de geração de energia no país estão boas. “Com a chegada do período chuvoso, melhoram os níveis dos reservatórios e as condições de geração das usinas hidrelétricas, as quais possuem um custo mais baixo. Dessa forma, não é necessário acionar empreendimentos com energia mais cara, como é o caso das usinas termelétricas”, diz a Aneel, em nota.

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“Essa decisão confirma nossas projeções de que não haveria custos adicionais nas contas de luz na maior parte de 2022, desde abril até o final do ano, devido às boas condições de geração de energia no País”, comentou o diretor-geral da Agência, Sandoval Feitosa. “Temos aprimorado esse mecanismo para que os consumidores tenham cada vez mais conhecimento sobre a operação do nosso sistema e possam, assim, ter melhor gestão sobre seu consumo”, acrescentou.

Europa no escuro sofre para pagar a conta

Já em países da Europa, a Alemanha enfrenta uma ameaça de desindustrialização devido a interrupções parciais nas cadeias de suprimentos, escassez de pessoal e altos preços da energia. A declaração foi dada por Lars Klingbeil, vice-líder do Partido Social Democrata (SPD) da Alemanha, no último dia 17 de novembro.

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“Não vamos nos iludir: o perigo de desindustrialização na Alemanha é real. As cadeias de abastecimento estão parcialmente interrompidas, enfrentamos uma escassez de pessoal e altos preços de energia. É por isso que algumas empresas estão deixando de investir na Alemanha”, disse Klingbeil ao jornal alemão Welt.

Os ministros de energia da União Europeia (UE) não conseguiram superar suas divergências, na quinta-feira (24), o que impediu que se chegasse a um acordo sobre a proposta da Comissão Europeia de um teto para o preço do gás, um plano recebido com hostilidade.

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O ministro da Energia da República Tcheca (país que detém a presidência rotativa da UE), Josef Sikela, anunciou que os ministros voltarão a se reunir em meados de dezembro para tentar aproximar posições e buscar um acordo.

Sikela lembrou, porém, que os ministros aprovaram outras duas propostas hoje, em Bruxelas: uma, sobre um mecanismo de solidariedade para os países do bloco em dificuldades energéticas; e a segunda, sobre uma agilização das licenças para fontes de energia renováveis.

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Desde sua chegada ao local dos encontros na capital belga, os ministros manifestaram relutância em relação à iniciativa da Comissão Europeia de um preço máximo para o gás.

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Lançada na terça-feira (22), a proposta consiste em limitar por um ano os preços dos contratos mensais no mercado de gás de referência (TTF) assim que ultrapassarem os 275 euros por megawatt/hora (valor semelhante em dólares), entre outras condições.

O ministro grego da Energia, Konstantinos Skrekas, não conseguiu esconder sua decepção.