Barclays mantém recomendação do Brasil não se importa com volatilidade. Desta forma, o banco segue com recomendação “overweight” (indicador de que as ações têm um desempenho superior ao índice) para o crédito soberano brasileiro. Explica que vê os preços atrativos e oportunidade de entrada após a reação do mercado à indicação de troca de comando na Petrobras.
Contudo, Sebastian Vargas, da área de estratégia de crédito soberano para a América Latina em nota explicou que a volatilidade política voltou a aumentar, com implicações adversas para o mercado. Porém, “o banco acredita que o crédito no Brasil deve ficar ancorado em seus fundamentos”.
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Entretanto, ainda em nota o banco explicou que, “devido a valuations atrativos, reiteramos nossa recomendação ‘Overweight’ para o crédito soberano do Brasil”. A instituição alertou que considera que a curva entre vencimentos de cinco e dez anos está relativamente inclinada, e que reflete preços baixos no vértice de dez anos. “Portanto, recomendamos comprar futuros para 2028, 2029 e 2030”.
No entanto, o banco ressaltou que os CDS de cinco anos do Brasil (uma referência para o custo de proteção contra um calote da dívida brasileira) disparou 20,52 pontos-base após a notícia da Petrobras, para 181,58 pontos-base. O que significa a maior alta desde setembro do ano passado, para o maior patamar desde novembro. O dia foi de forte tensão nos mercados brasileiros, em meio a temores do mercado de ingerência política e de efeitos sobre a agenda econômica.
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Em contrapartida, Vargas disse não acreditar que uma substituição do presidente da petroleira vá afetar, direta ou indiretamente, o progresso no cenário fiscal feito nos últimos meses. Ele entende que o risco de cenários mais preocupantes nessa frente está menor do que no último trimestre de 2020.