A Sigma Lithium recebeu uma carta de intenções do BNDES para o financiamento da construção de sua segunda planta greentech de lítio no Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais. A notícia começou a ser veiculada no início de fevereiro. Menos de um mês após a Chinesa BYD afirmar que negocia a comprar a Sigma, o BNDES envia a carta de financiamento para a Sigma.
A chinesa BYD, recebeu do governo a fábrica que era da Ford na Bahia, e agora é provável que também receba indiretamente este quase meio bilhão de reais.
O investimento previsto pela empresa que o BNDES irá financiar é de R$ 492 milhões e as obras devem começar ainda no primeiro trimestre, ao término da estação das chuvas na região. É importante entender que, o dinheiro do BNDES é proveniente dos cofres públicos do Brasil, ou seja, impostos brasileiros.
A Sigma, empresa com sede em Vancouver, no Canadá, que extrai e processa lítio no Brasil. Ainda depende de algumas aprovações para confirmar as duas negociações.
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Com a segunda planta greentech, a companhia espera aumentar a capacidade de produção de lítio em aproximadamente 240 mil toneladas. com capacidade estimada de 6% de Li2O). Se a projeção se confirmar, a capacidade anual de produção deve atingir 510 mil toneladas.
No final de 2023 a Sigma, divulgou um comunicado informando que estaria em estágio final de revisão estratégica, o que envolveria a listagem primária na Nasdaq e na bolsa de valores de Singapura.
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A BYD no início de janeiro informou negociação com a Sigma
A BYD pretende entrar com tudo no mercado brasileiro. A empresa chinesa está prestes a colocar em funcionamento novamente a fábrica de automóveis da Ford que recebeu do governo da Bahia, em Camaçari. Além disso, a fabricante de veículos elétricos negocia a compra da Sigma Lithium, maior mineradora de lítio do Brasil.
Segundo reportagem do jornal Financial Times, o negócio tem potencial para movimentar aproximadamente R$ 14,3 bilhões, considerando a avaliação da companhia.
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O presidente da BYD no Brasil, Alexandre Baldy, disse que já ocorreram discussões com a Sigma Lithium sobre um possível acordo de fornecimento, joint venture ou aquisição, mas que ainda não existe nada de concreto.
A empresa é dona de uma operação de mineração de lítio no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, e a aquisição pela empresa chinesa seria uma maneira de garantir matérias-primas para os veículos.
O Vale do Jequitinhonha se tornou um grande atrativo para multinacionais de extração de lítio, minério essencial para as baterias que hoje já chamado de “ouro branco” por causa da demanda.
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Além disso, a região também se destaca por fornecer lítio verde, produzido de forma mais sustentável em relação a fabricantes tradicionais de outros países.
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Governador Romeu Zema lançou o Vale do Lítio na Nasdaq e captou mais de R$700 milhões para Minas Gerais
Zema lançou em 2023 o Vale do Lítio na Nasdaq e levantou investimento de R$ 750 milhões para Minas. A mineradora canadense Lithium Ionic assinou protocolo de intenções com o governo de Minas Gerais para explorar reservas de lítio localizadas no Vale do Jequitinhonha.
Segundo Zema, o acordo com a Lithium Ionic é a confirmação de tratativas anteriores. “A empresa já investiu mais de R$ 100 milhões em prospecção em uma planta piloto, que está gerando mais de 80 empregos. Agora, está confirmado que encontraram uma quantidade de lítio que justifica a instalação de uma planta definitiva”, diz.
Zema está atraindo investimento estrangeiro para Minas Gerais e não emprestando dinheiro público para que estrangeiros explorem o Brasil.